O PT entrou na Justiça com pedido para que o pastor Marco Feliciano (PL-SP) apresente provas sobre declarações em que disse que Lula, candidato do partido à presidência, fecharia igrejas caso eleito presidente.

Em documento à 10º Vara Cível de Brasília, o partido argumenta que o deputado “vem proferindo publicamente falas desinformadoras a respeito das consequências para os fiéis da religião evangélica caso o Partido dos Trabalhadores, ora Interpelante, vença a Eleição Presidencial que se aproxima”.

Feliciano disse em entrevista à CBN, no dia 14 de agosto, que existe “o risco de perseguição, que pode culminar no fechamento de igrejas” caso o petista seja eleito. “Existem muitas formas de se fechar uma igreja. O governo pode fazer isso através de leis e impostos”, disse o pastor.

O PT afirma que o deputado repetiu a declaração em entrevista à Folha de São Paulo, dois dias depois, ao dizer que “reitero firmemente que não apenas eu, como grande parte da comunidade evangélica brasileira, tem muito receio de um governo encabeçado por Lula”. A fala também foi postada em suas redes sociais.

Para o PT, a ação de Feliciano configura a construção de uma narrativa de que o partido representa uma ameaça à comunidade evangélica “por meio da propagação de inverdades que evidentemente maculam a honra” do partido e de Lula.

O documento é assinado por dez advogados e lista cinco perguntas para que Feliciano prove suas declarações, além de fixar R$ 1 mil de valor à causa.

Nas redes sociais, Feliciano disse que está sendo perseguido pelo PT. “Eu avisei! Ao que parece, a perseguição do PT ao crentes já começou e eu fui o primeiro. Não tenho medo deles! Não me calarão!”

Nesta quinta-feira (18), o TSE determinou que a ex-ministra Damares Alves tire do ar material com informações falsas sobre Lula. A Ex-ministra do governo Bolsonaro publicou material dizendo que, nas gestões do petista, teria sido criada cartilha pra incentivar uso de crack entre jovens. Por Julia Duailibi/G1