Integrantes da alta cúpula do PTB conduzem desde a última quarta-feira (29), o processo de expulsão de três integrantes da legenda, com o objetivo de viabilizar a filiação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O trio é formado pela a ex-deputada, Cristiane Brasil – filha de Roberto Jefferson, presidente nacional da legenda -, o blogueiro Oswaldo Eustáquio e o pastor Fadi Faraj. Segundo apuração do site Poder 360°, a movimentação tem o aval de Jefferson.
Segundo a publicação, o gesto é parte de uma série de ações do partido para acelerar a filiação de Bolsonaro. Na última quarta, o PTB realizou uma reunião virtual para debater a possível filiação do presidente à sigla. Na ocasião ficou decidido que será redigido um documento com a assinatura de todos os presidentes estaduais para incentivar a ida do chefe do Executivo ao partido.
Da prisão, por meio de cartas, o presidente do partido tem dado orientações para viabilizar a filiação de Bolsonaro e conter divergências internas no PTB – “limpando o partido de infestações”. O processo para a expulsão teria a justificativa de que houve possível desrespeito às diretrizes partidárias pelo trio. Internamente, contudo, alguns motivos específicos pesaram para a decisão em cada um dos casos.
De acordo com o site, o fato de Cristiane pretender assumir a presidência como sucessora do pai, e criticar abertamente integrantes do diretório nacional, acaba pesando. Já no caso de Eustáquio, seria considerado o fato de que, quando foi preso, este protagonizou embates com a ministra Damares Alves, afirmando que a pasta deveria ter agido para impedir sua prisão.
Por fim, no caso de Faraj, sua aproximação de outras lideranças políticas no Distrito Federal, contrárias a linha ideológica do partido, acabaram tendo influência. A presidente interina do partido, Graciela Nienov, conversou com Bolsonaro durante uma hora no Palácio da Alvorada no último domingo (26). Na ocasião, ela convidou Bolsonaro oficialmente para se filiar à legenda.
De acordo com a publicação, o presidente reforçou que seu único pedido seria poder indicar os candidatos ao Senado – o que ela acatou. Ele se comprometeu a avaliar a oferta mas não deu uma palavra definitiva. Bolsonaro precisa se filiar a um partido para concorrer às eleições de 2022. (BNews)
