Os corpos do cantor sertanejo Samuel Silva e do amigo dele, Hauã Ramires, foram enterrados na cidade de Laje, na região do Vale do Jiquiriçá, no final da tarde de domingo (13). Os dois morreram em um acidente na BR-101, enquanto voltavam de um show, em uma festa de formatura.

A batida que causou a morte dos dois aconteceu por volta das 3h do domingo, no km 284, e envolveu o carro das vítimas e uma carreta. O artista e o amigo foram velados no plenário da Câmara Municipal de Laje. O sepultamento, sob forte comoção, foi realizado no final da tarde, no Cemitério da cidade.

Nesta segunda-feira (14), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Santo Antônio de Jesus, que administra a região da rodovia onde o acidente ocorreu, deu detalhes sobre o depoimento do motorista que estava no veículo maior.

O caminhoneiro informou que seguia no sentido para a cidade de Ilhéus, quando viu o carro em que Samuel e Hauã estavam, seguindo na direção oposta e cruzando a pista. O homem disse ainda que tentou desviar e evitar o acidente, mas não conseguiu. Depois de ouvido, ele foi liberado. A delegacia de Laje segue na investigação, para identificar o que causou esse cruzamento na pista.

Quem eram as vítimas

Samuel tinha 25 anos e dividia a carreira entre a música e um emprego na Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Laje. Ele era técnico em agropecuária. O jovem, nascido em 30 de novembro de 1996, também era ligado a causas sociais.

Ao lado de um grupo de amigos, ele criou a Central do Bem, que realiza ações e projetos solidários na cidade. Durante as chuvas que atingiram a Bahia em dezembro, e causaram estragos na região do Vale do Jiquiriçá, onde fica Laje, Samuel participou ativamente de ações solidárias como voluntário para ajudar vítimas das chuvas.

Ele chegou a cantar, com a banda Xote dos Garotos, em uma praça da cidade em um show solidário para arrecadar donativos. Além de cantar, ele também era músico, compositor e intérprete.

Hauã Ramires também tinha 25 anos. Ele era graduado em Farmácia e fazia pós-graduação em Análises Clínicas. O jovem trabalhava na Secretaria de Educação e Cultura do município, que lamentou a morte dele nas redes sociais. Ele foi o responsável por registrar a última apresentação de Samuel. G1