Os jogadores que conseguem disputar um Ba-Vi podem se considerar privilegiados. Grupo ainda mais seleto é o dos que atuaram pelos dois clubes no maior clássico do Norte/Nordeste. Até então, Nino Paraíba e Flávio, ambos no Bahia, são os únicos com tal feito, mas no jogo deste domingo (3), às 17h, na Fonte Nova, possivelmente serão igualados por Thales e Rogério.

Entre eles, há uma coincidência que remete ao Ba-Vi. Aconteceu no dia 1º de março de 2015, quando os quatro estiveram em campo como titulares. Na ocasião, Thales era jogador tricolor e os outros três atuavam no Leão. Neste mesmo jogo, Luan Ferreira, hoje reserva no Vitória, estava no banco do Bahia. A partida no Barradão terminou empatada por 1×1. Neto Baiano e Maxi Biancucchi marcaram os gols.

“Foi meu primeiro Ba-Vi como profissional esse de 2015, eu me lembro bem. Na época, eu jogando no Vitória, a gente saiu na frente com Neto Baiano. Foi levando o jogo e acabamos levando o empate do Maxi numa jogada de cabeça lá, ele acabou finalizando. Mas faz um tempinho, né? Não lembro com detalhes, mas lembro que foi uma emoção muito grande, pois foi meu primeiro Ba-Vi como profissional”, comenta Flávio, que tem boas chances de ser titular agora pelo Bahia.

Ano passado, ele entrou no lugar de Zé Rafael nos minutos finais do empate por 2×2, no Barradão, pela Série A.

O volante tricolor tem ótimo retrospecto quando o assunto é Ba-Vi. Dos seis que disputou, venceu quatro e empatou dois. Nunca perdeu. Foram cinco pelo Vitória e um pelo Bahia.

Para ele, o que não pode faltar no clássico é entrega. “Graças a Deus, quando se trata de Ba-Vi, falando individualmente, eu costumo me dar bem em termos de resultado. O segredo é jogar como se fosse o último jogo da vida. Trata-se de um clássico onde a rivalidade, todos da Bahia sabem como é. Esperamos fazer um grande jogo domingo pra conseguir o primeiro triunfo no clássico este ano e eu continuar essa escrita de nunca ter perdido um Ba-Vi”.

Do outro lado, Thales se considera um privilegiado por agora poder jogar o clássico do lado rubro-negro. “Privilégio poder jogar pelos dois times que têm na cidade. Hoje, como defendo as cores do Vitória, vai ser um privilégio maior. É um grande time, com grande estrutura e temos tudo para vencer”, afirmou.

Agora, aos 25 anos, o zagueiro falou também da experiência que adquiriu de 2015 pra cá. “Hoje, eu vivo um outro momento, muito mais experiente. Quando saí do Inter, em 2015, era um menino, não sabia ainda da grandeza do clássico. Hoje, sei da grandeza e responsabilidade que é, e essa experiência que eu ganhei ao longo dos anos vai servir para ajudar o time a sair vencedor no clássico”.

Rogério, hoje no Bahia, é o único dos quatro que balançou a rede em um Ba-Vi. Foi no 4×1 do Vitória sobre o tricolor, na Série B de 2015 segundo o Correio da Bahia.