O secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, comparou a gestão anterior do Ministério da Saúde com a condução atual de Marcelo Queiroga e destacou as dificuldades enfrentadas pelo médico, ao tentar “conduzir da forma correta, científica e técnica, mas sem entrar e rota coalizão com o presidente”. Na visão do titular da Sesab, Queiroga fez o que foi possível para a aquisição de vacinas, e a falta de imunizantes ainda enfrentada pelo Brasil é fruto de erros do passado e de declarações infelizes do presidente Jair Bolsonaro e ministros do governo.
“Por que não tem vacina agora? Por conta da língua de pessoas de cima. Declarações infelizes do ministro Paulo Guedes dizendo que a China é isso ou aquilo, e ai a China naturalmente deu um castigo na gente”, comentou Vilas-Boas nesta terça-feira (1º), em entrevista ao programa Isso é Bahia, uma parceria da A Tarde FM 103,9 e o Bahia Notícias. A avaliação do secretário da Saúde da Bahia é de que “não há dúvidas” de que Marcelo Queiroga é um ministro melhor do que o seu antecessor, o general Eduardo Pazuello.
“A pauta [de Queiroga] é correta, o que podia ser feito para reverter falta de vacina foi feito, ele entrou em contato com os organismo internacionais, Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Panamericana de Saúde (Opas), embaixador americano, tudo isso, está no caminho certo, fez o que tinha que ser feito, e fruto disso são os acordos de pré-compra de vacina que o Brasil tem, que ultrapassam 500 milhões de doses”, opinou Vilas-Boas, ao acrescentar que Queiroga é obrigado a lidar com erros do passado e que no momento não há mais nada que se possa fazer. (BN)