José Cruz/Agência Brasil

O ex-ministro Geddel Vieira Lima e o irmão dele, o ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima, serão julgados na próxima terça-feira (24) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no caso que investiga os R$ 51 milhões de reais encontrados em um apartamento de Salvador.

Além deles, o ex-assessor de Lúcio, Job Ribeiro Brandão, e o empresário e sócio da Cosbat, Luiz Fernando Machado da Costa Filho, também são réus na ação penal, que tramita desde junho do ano passado na Corte. Dos quatro, apenas Geddel está preso, desde 2017, em Brasília.

A Segunda Turma do STF vai decidir se os acusados serão condenados pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), a partir de 2010 até o dia 5.9.2017, Geddel, Lúcio e a mãe dos dois, Marluce Quadros Vieira Lima, praticaram atos aptos a ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de valores provenientes de crimes antecedentes.

Segundo o MPF, os atos de “branqueamento de capital” também contaram com a colaboração de Job Brandão e Luiz Fernando. O relatório do ministro Edson Fachin, publicado nesta última quinta-feira (18), afirma que as alegações finais apresentadas pela defesa de Geddel e Lúcio foram “integralmente iguais”.

Os irmãos alegam que o STF não tem competência para julgar o caso, uma vez que o ex-deputado não tem mais o foro privilegiado e pedem que o processo seja julgado na primeira instância. Já a matriarca dos Vieira Lima será julgada em ação individual que tramita na Justiça Federal de Brasília. Yasmin Garrido