Valter Campanato/Agência Brasil

O julgamento dos irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima, que já dura três semanas no STF, vai ser retomado na próxima terça-feira (15), com a continuação da leitura do voto do ministro Celso de Mello. Até o momento, o placar pela condenação dos baianos é de dois votos a zero, proferidos por Edson Fachin e o decano. Na próxima semana, vão se manifestar os ministros Carmen Lúcia, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski.

Os emedebistas e mais duas pessoas são acusados de lavagem de dinheiro e organização criminosa no caso dos R$ 51 milhões encontrados em um apartamento em Salvador. Apesar de serem quatro réus, Fachin, o relator da ação penal, votou pela inocência do ex-assessor parlamentar Job Ribeiro Brandão e do empresário Luiz Fernando Machado da Costa Filho.

Lúcio e o ex-ministro respondem, juntamente com Job Ribeiro Brandão e Luiz Fernando Machado da Costa Filho, pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Em julgamento anterior, houve sustentações orais sobre a existência ou não de provas de práticas criminosas ocorridas entre 2010 e 2017, quando foram apreendidos R$ 51 milhões em espécie.

Geddel e Lúcio tornaram-se réus em maio de 2018 pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.  Segundo a Procuradoria-Geral da República, o grupo tentou simular operações financeiras para esconder repasses de propina para Geddel por corrupção na Caixa Econômica Federal, vantagens indevidas do grupo Odebrecht e desvios de remunerações de secretários da Câmara dos Deputados.