O ditado “mantenha os amigos sempre perto de você e os inimigos mais perto ainda” precisa ser revisto quando falamos de Dayane Pimentel (PSL). Presidente do PSL na Bahia, a deputada federal é constantemente alvejada por aliados quando o assunto são ataques e críticas a sua gestão à frente da sigla.

Foi uma parte das próprias redes que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PSL) na Bahia que, nesta segunda-feira (1°), começaram a compartilhar e propagar um suposto diálogo em que uma funcionária parlamentar de Dayane teria admitido que desvia parte do seu salário para a campanha do marido da deputada em 2020. Pimentel prestou queixa na Polícia Federal (PF) contra o registro, que tem indícios de ser falso.

Os grupos responsáveis pelos ataques tem envolvimento com ex-candidaturas pelo PSL no pleito de 2018. Durante a eleição em que destinou dinheiro do partido apenas para a própria candidatura, Pimentel excluiu outros candidatos da chapa a fim de garantir que a coligação a qual fazia parte atingiria o percentual mínimo de mulheres. Os dois movimentos criaram automaticamente inimigos para a deputada dentro do partido.

FOGO AMIGO

Foi durante a campanha eleitoral de 2018 que a deputada federal também acumulou desafetos no próprio PSL que não economizam críticas públicas a sua presidente.

Ex-candidato ao Senado Federal pelo partido, Comandante Rangel (PSL) acusou Dayane e o marido Alberto Pimentel (PSL), que é secretário municipal de Trabalho, Esportes e Lazer (Semtel), de serem “pessoas desprezíveis com capacidade de fazerem coisas que extrapolam a razão do bom caráter”.

Nos bastidores, aliados afirmam que o ex-candidato ao Senado reclama que Pimentel o escanteou e tenta boicota-lo na sua relação com o presidente. No geral, a reclamação ouvida é de que Dayane quis canalizar para si todo o apoio capitaneado pelo então candidato Jair Bolsonaro.

Outras reclamações contra a presidente vem da bancada estadual eleita da legenda na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), formada por Capitão Alden, Pastor Tom e Talita Oliveira.

Após bater-boca com a deputada estadual Talita Oliveira pelo protagonismo na articulação da mesa diretora da casa, Dayane foi alvejada por ataques em reunião entre os deputados do partido e o presidente da Câmara de Salvador, Geraldo Jr (SD).

Outro caso recente que gerou insatisfação de seus comandados foi a filiação de Pastor Tom no PSL. Articulado pelo casal Pimentel, a entrada do parlamentar não foi comunicada com o resto da bancada do PSL na AL-BA, que mantém relação distante com a presidente estadual.

Após o episódio, o deputado Capitão Alden (PSL) voltou a criticar a articulação da presidente ao dizer que ela não atende os deputados do próprio partido.

(Bahia Notícias) Foto: Reprodução