Foto: Agência Senado

O senador Marcos do Val (PPS-ES), relator do pacote anticrime enviado ao Congresso pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, afirmou existirem indícios da participação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) nas ameaças de morte que ele e seus familiares estão recebendo. Segundo o parlamentar, a informação teria partido de um delegado da Polícia Federal que apura as ameaças.

“É a sinalização que recebi. Esse pacote intimida o PCC porque prevê o confisco de bens das organizações criminosas, o recrudescimento de pena com os líderes nas prisões de segurança máxima e facilita as investigações porque redefine o conceito de facções”, disse Marcos do Val ao jornal Folha de S. Paulo.

Segundo ele, foi identificado um perfil de ação do PCC nas ameaças em função do descontentamento da facção com o pacote anticrime do qual é relator, em função da previsão de punições mais duras para os integrantes de organização criminosas. O PL 1.864/2019, que tem Marcos do Val como relator, versa sobre mudanças nos códigos Penal e de Processo Penal, um projeto idêntico ao de Moro. Projeto visa acelerar as discussões sobre o tema, uma vez que a Câmara tem dado prioridade à reforma da Previdência.