Foto : Carolina Antunes/PR

O relatório parcial da CPI da Covid sobre fake news deve sugerir o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e integrantes do alto escalão do governo federal. Mas, segundo reportagem do portal UOL, deve poupar membros do chamado gabinete paralelo, como empresários, médicos e blogueiros,

Segundo a reportagem, há um entendimento entre parte dos senadores de que emitir opiniões e difundir “conteúdo desinformativo” — na contramão do que mostra a ciência — não devem ser considerados crimes com base nas apurações e evidências coletadas pela CPI até o momento. Alguns parlamentares também enxergaram dificuldades em fazer sugestões de enquadramentos penais e preferiram focar nas ações do governo federal na pandemia — prioridade das investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito.

Assim, o relatório parcial não deve pedir o indiciamento de pessoas que não integram diretamente o governo federal. Por exemplo, os empresários Luciano Hang, Carlos Wizard e Otávio Fakhoury, a médica Nise Yamaguchi, o presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Mauro Luiz de Britto Ribeiro, e o blogueiro Allan dos Santos.

O relatório parcial é elaborado por grupo de trabalho responsável pelo material apurado pela CPI referente à disseminação de informações falsas na pandemia, coordenado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

Ainda de acordo com o UOL, o documento deve ser entregue ao relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), no início da semana que vem. A intenção é que ajude a embasar o relatório final a ser apresentado por Renan no próximo dia 19 e votado nos dias seguintes pelo colegiado. O emedebista pode acolher ou rejeitar as sugestões do relatório parcial.