O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) afirmou na quarta (17), que o ex-deputado Eduardo Cunha “não nomeou apenas os vices da Caixa, mas todo governo Temer”. “(Cunha) Sempre teve três metas: influir nas delações transferindo suas responsabilidades; aprovar o impeachment (da ex-presidente Dilma) e governar”, escreveu Renan no Twitter.
Desde o ano passado, Renan Calheiros acusa o governo do presidente Michel Temer de ser “comandado” por Eduardo Cunha, que está preso desde outubro de 2016. Em novembro do ano passado, o senador criticou a indicação de Carlos Marun (PMDB-MS), um dos principais aliados de Cunha, para a Secretaria de Governo.
Na época, ele disse que seria “mais inteligente nomear diretamente Eduardo Cunha para ser ministro da articulação política”. Ontem, Temer decidiu afastar, por 15 dias, quatro vice-presidentes da Caixa que são suspeitos de corrupção. Uma auditoria independente contratada pela Caixa tem o relato de um dos dirigentes afastados, Antônio Carlos Ferreira, que relatou ter sofrido pressão de Cunha segundo o Estadão Conteúdo.
Segundo ele, Cunha teria sido agressivo e mencionado que ele só estava mantido no cargo por sua causa. Nesta quarta, Eduardo Cunha negou que tenha relação com a indicação dos quatro vice-presidentes da Caixa afastados esta semana. Em nota divulgada pelos advogados do emedebista, ele disse que não exercia influência sobre a cúpula do banco e creditou a indicação de Ferreira, responsável pela área Corporativa da Caixa, à senadora e então deputada Rose de Freitas (PMDB-ES).
Em nota, Rose disse que apoiou o nome de Ferreira como coordenadora da bancada do Espírito Santo e destacou que tinha o apoio de integrantes daquele colegiado. “O Sr. Antônio Carlos Ferreira, antes de ocupar uma Vice-Presidência, foi superintende regional da CEF no Espírito Santo por nove anos. Era, portanto, conhecido da bancada capixaba”, afirmou a parlamentar. Bahia Noticias