Agência Brasil

O senador Renan Calheiros (AL) afirmou, nesta quinta-feira, 17, que não houve crime de responsabilidade para fundamentar o impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT) e que o MDB não apoiaria o afastamento, caso o processo ocorresse hoje. O emedebista defendeu ainda apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já no primeiro turno da disputa presidencial, caso Simone Tebet (MS) não avance até maio deste ano.

“Acho que o próprio MDB não repetiria uma circunstância daquela. Aquilo é um fato para não ser repetido jamais na história do Brasil”, disse, em entrevista à coluna de Guilherme Amado, no site Metrópoles.

Apesar de ter votado a favor do impeachment, o parlamentar defende agora que esse processo não pode se repetir. “Sinceramente, não acredito que o Senado hoje aprovaria o impeachment da presidente por crime de responsabilidade fiscal que não houve. Aquilo foi circunstância que não pode se repetir.”

Durante a entrevista, o senador também reforçou que setores do MDB já discutem o apoio a Lula no primeiro turno, caso a campanha de Tebet não decole. “Se ela não crescer, ela própria vai entender essa realidade. Ficamos de conversar com alguns setores do MDB, que com essa avaliação, admitem possibilidade de apoiar Lula desde o primeiro turno”.