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O governo de Jair Bolsonaro planeja diminuir o número de pessoas que serão atendidas pelo Renda Cidadã, programa criado para substituir o Bolsa Família, de forma a encaixar os gastos no Orçamento. O programa pode ter aproximadamente metade da expansão de 6 milhões anunciada, deixando 3 milhões de famílias sem auxílio. Os relatos sobre o novo corte, segundo apurou a Folha de S.Paulo, está em linha com os números citados recentemente pelo senador Márcio Bittar (MDB). Ele é o relator do Orçamento de 2021 e das propostas do Pacto Federativo e Emergencial, criadas pelo governo para cortar despesas. Uma das principais travas para o programa é o teto de gastos. A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a cogitar o congelamento dos benefícios previdenciários de quem ganha mais do que um salário mínimo para viabilizar o Renda Cidadã. Outra proposta, desta vez do senador Márcio Bittar, foi o corte de 25% de jornada e salário de servidores. “Se quiserem fazer o Renda Brasil hoje com o teto de gastos e sem reforma tributária, ele será um pouco menos robusto”, disse Guedes em audiência no Congresso no mês passado.