A Bahia teve menos recursos federais para trabalhar em 2017 do que nos três anos anteriores, mas não foi o único estado a enfrentar o problema, especialmente no Nordeste. Segundo dados coletados no site Transparência Brasil, todos os integrantes da região sofreram com quedas no montante repassado pela União entre 2016 e 2017.

 

Mesmo tendo um governador que faz oposição ao presidente Michel Temer, a Bahia não está entre os mais afetados pelos cortes. Na comparação entre os dois anos, houve queda de 12% no montante repassado. De 2016 para 2017, o valor passou de R$ 11,1 bilhões para R$ 9,8 bilhões.

 

Rui Costa e seus aliados fazem críticas recorrentes ao Palácio do Planalto por atrasos na destinação de recursos ao estado. Na quinta (04), ele disse que o governo Temer deve R$ 102 milhões em repasses do metrô. Por outro lado, houve aumento nos recursos destinados às obras do modal depois da saída da ex-presidente Dilma. No Nordeste, a maior vítima da contenção de gastos do Planalto foi Alagoas, que teve redução de 21% nos repasses.

 

Em entrevista recente ao Bahia Notícias, a secretária Olívia Santana também apontou que o governo federal suspendeu o repasse de recursos para a Rede Sine sem aviso prévio (veja mais). Segundo ela, o serviço esteve na iminência de quebrar. O estado é governado por Renan Filho, que tem como pai o senador Renan Calheiros, desafeto de Temer dentro do PMDB.

 

Em seguida aparece a Paraíba governada por Ricardo Coutinho, do PSB, partido que faz oposição ao presidente. O estado enfrentou um corte de 18% entre 2016 e 2017. Em todo o país, os únicos estados que conseguiram aumento durante o período foram Rio de Janeiro e São Paulo. Confira abaixo a variação nos repasses para esses estados, e também para os integrantes da região Nordeste.