Marcelo Camargo/Agência Brasil

A revista inglesa “The Economist” traz na capa de sua edição publicada nesta sexta-feira (2) uma reportagem sobre o avanço do desmatamento na Amazônia. O texto diz que o presidente Jair Bolsonaro “deixou claro para os infratores que eles não têm nada a temer”.

“Depois de um esforço governamental de 7 anos para retardar a destruição da floresta, o desmatamento voltou a crescer em 2013 devido ao enfraquecimento da fiscalização e da anistia dos desmatadores no ano passado”, diz a reportagem.

“Embora o Congresso e os tribunais tenham barrado alguns dos esforços para acabar com o status de proteção de algumas partes da Amazônia, Bolsonaro deixou claro que os infratores não tem nada a temer”.

O jornal americano “The New York Times” também noticiou o aumento do desmatamento na região amazônica. A reportagem classifica o governo atual como “extrema direita” e diz que a destruição da Amazônia aumentou rapidamente.

“A destruição da floresta amazônica no Brasil aumentou rapidamente desde que o novo presidente de direita assumiu o poder e reduziu os esforços para combater a extração ilegal de madeira, a pecuária e a mineração”. A última edição da revista científica “Science” diz que o desmatamento na Amazônia está disparando, mas o presidente do Brasil diz que os dados são mentirosos.

“O desmatamento na Amazônia está subindo mais uma vez, de acordo com os dados de monitoramento de satélite. O presidente de extrema direita do Brasil, Jair Bolsonaro, no entanto, contesta essa tendência e ataca a credibilidade do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe)”. Outra renomada revista científica, a “Nature” chamou Bolsonaro de “Trump tropical” e também fala das acusações contra o instituto.

“Em 19 de julho, Bolsonaro acusou o Inpe de mentir sobre os números e depois sugeriu que o governo tenha o direito de aprovar os dados da agência antes da divulgação pública”. “Os dados em questão são de um sistema de monitoramento projetado para fornecer alertas rápidos para fiscalizadores detectarem novos buracos de pelo menos 1 hectare na Amazônia”.

O jornalista Jonathan Watts, do jornal inglês “The Guardian” destacou o imbróglio entre o governo federal e o Inpe. O texto começa dizendo que “a floresta amazônica está sendo queimada e cortada no ritmo mais alarmante da história recente”. “Mas o governo Jair Bolsonaro está focado em reinterpretar os dados em vez de lidar com os culpados”. G1