Messi, revoltado, fez duras críticas à Conmebol após sua expulsão na vitória da Argentina por 2 a 1 sobre o Chile, na disputa pelo terceiro lugar da Copa América. O craque recebeu cartão vermelho aos 37 minutos do primeiro tempo, após desentendimento com o chileno Gary Medel. Como forma de protesto, Messi sequer voltou a campo depois da partida para receber a medalha de bronze da Copa América – o zagueiro Otamendi também não foi.

– Não fui à premiação porque nós não temos de ser parte desta corrupção. Nos faltaram com respeito durante toda a Copa. Não nos deixaram chegar à final – reclamou Messi. Procurada pela reportagem do GloboEsporte.com, a Conmebol disse que não vai se manifestar sobre as declarações de Messi.

Na súmula, o árbitro Mario Díaz de Vivar justificou a expulsão de Messi da seguinte forma: “Empregar linguagem e/ou gestos ofensivos, insultante ou humilhante. Por entrar em confronto com o adversário, em um incidente quando a bola não estava em jogo, aplicando um forte golpe com o ombro ao adversário (ante a falta de opções se escolheu o último item”.

Depois das fortes declarações que fez após a eliminação da Argentina contra o Brasil, quando criticou duramente o uso do VAR e fez ataques à Conmebol, Messi foi mais incisivo desta vez: afirmou que a Copa América está desenhada para a seleção brasileira vencer.

– Brasil campeão? Creio que não haja dúvida. Lamentavelmente creio que está armada para o Brasil. Tomara que os árbitros e o VAR não interfiram e que o Peru possa competir, porque tem time pra isso. Mas vai ser difícil.

– A verdade tem que ser dita, eu vou tranquilo, com a cabeça em pé e orgulhoso desse grupo em crescimento. Quero que respeitem esse grupo, ele tem muito o que dar – completou Messi.

Messi deixa a Copa América com apenas um gol marcado, de pênalti, no empate em 1 a 1 com o Paraguai, na segunda rodada. O camisa 10 terá de cumprir suspensão na estreia das próximas Eliminatórias para a Copa do Mundo, que começam em março do ano que vem.

Esta foi a segunda expulsão de Messi na carreira. O jogador, que nunca levou um cartão vermelho pelo Barcelona, havia sido expulso apenas uma vez pela seleção argentina, justamente em sua estreia, em 2005, num jogo contra a Hungria. Globoesporte