Agência Brasil

Em audiência pública realizada na comissão temporária externa que acompanha as ações de enfrentamento aos incêndios no Pantanal, nesta terça-feira, (13), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que a estiagem associada ao excesso de calor, tempo seco e ventos fortes são os principais responsáveis pelas queimadas no Pantanal. Ele também voltou a defender o fogo frio e o uso do boi bombeiro como forma de prevenção aos incêndios no na região.

Salles explicou aos senadores que os bois, por atuar para reduzir o volume de massa orgânica depositada no solo, acabam atuando para reduzir a proporção dos incêndios. Salles afirmou ainda que a criação de gado é necessária pois também ajuda a reduzir o excesso de matéria orgânica no solo.

Integração no combate

Para o ministro do Meio Ambiente, o envolvimento dos estados no combate ao fogo do Pantanal é essencial, pois, segundo ele, apenas 6% do bioma faz parte da competência fiscalizatória dos órgãos federais.

“Estamos falando de áreas que compreendem florestas destinadas, unidades de conservação, terras indígenas e assentamentos, o que dá um volume total de 902 mil hectares dos 15 milhões [de hectares]. Essa é a jurisdição originária do governo federal, portanto é importante que tenhamos os estados envolvidos nisso”, reforçou o ministro do governo Bolsonaro.

Salles disse que outras medidas importante a serem tomadas são a utilização de componente retardante de fogo nas queimadas e a criação de uma base de monitoramento permanente na divisa de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul, que deve ser organizado entre os governos estaduais e federal.

De acordo com o ministro, o presidente da Comissão, senador Wellington Fagundes (PL-MT), e os senadores Saraya Thronicke (PSL-MT), Simone Tebet (MDB-MS) e Nelsinho Trad (PSD-MS) concordaram com as ações em viagem recente ao Pantanal. O ministro afirmou que, além do trabalho das Forcas Armadas, o aumento no número de brigadistas e aeronaves de combate aéreo neste ano vai contribuir nessas atividades.