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A renda média das famílias mais ricas com aposentadorias e pensões supera em vinte vezes o valor recebido pelas famílias mais pobres do país. A desigualdade nos benefícios é um dos argumentos usados pelo governo para ganhar apoio à reforma da Previdência.

Segundo a POF (Pesquisa de Orçamento Familiar), divulgada nesta sexta (4) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as famílias com renda superior a 25 salários mínimos recebem, em média, R$ 4.276,02 com aposentadorias e pensões. Já as com renda inferior a dois salários mínimos recebem R$ 207,17.

Os valores consideram tanto os benefícios recebidos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) -que paga as aposentadorias do setor privado -quanto as aposentadorias dos regimes próprios de previdência, pagas pelos governos federal, estaduais e municipais a seus servidores públicos. Na média nacional, as famílias brasileiras recebem R$ 854,55 em aposentadorias e pensões.

O valor representa 15,7% do rendimento das famílias, que é de R$ 5.426,70, segundo o IBGE. Para a classe mais pobre, a dependência é maior, de 16,6%. Nesta classe, estão 24,6% das famílias brasileiras. Para os mais ricos, ou 2,7% das famílias, as aposentadorias e pensões representam 8,6% da renda média, que somava R$ 23.850 em janeiro de 2018, data base da pesquisa. Informações do jornal Folha