O escândalo do golpe nas doações feitas através do PIX envolvendo funcionários da RecordTV Itapoan ganhou novos contornos. A investigação da Polícia Civil ouviu um rifeiro, que apresentou diversos comprovantes de transferências bancárias tendo como beneficiários os jornalistas que figuram como suspeitos do crime de estelionato virtual. A informação foi divulgada à imprensa nesta sexta-feira (12) por meio de nota.

Os jornalistas apontados no suposto desvio de cerca de R$ 800 mil pelo rifeiro ainda serão ouvidos pela Delegacia de Repressão ao Estelionato e Outras Fraudes (DreofCyber). Segunda a Polícia Civil, os laudos periciais dos celulares apreendidos e encaminhados ao Departamento de Polícia Técnica estão aguardados. Até o momento, 15 pessoas são investigadas e cerca de 40 foram ouvidas. O delegado Charles Leão afirmou que continua tendo acesso a novas provas documentais e testemunhais sobre o caso.

Investigado no caso, o jornalista Marcelo Castro, ex-repórter do programa Balanço Geral, sugeriu, durante entrevista na última quarta-feira (10), não ter tido o direito à defesa quando foi demitido da Record. “Eu passei anos cobrindo pautas policiais, colocando minha vida em risco. Quando voltei de férias, tinha um papel na mesa [da demissão]. Eu questionei: ‘vocês não vão me ouvir? Saber da minha versão?”, questionou.

O ex-repórter voltou a negar seu envolvimento com o caso e disse que vai voltar “grandão” e “destemido” para a mídia. Além de Marcelo Castro, o ex-editor-chefe do Balanço Geral, Jamerson Oliveira, também é apontado como um dos envolvidos no golpe. Metro1