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Não foi só no Jacarezinho. As operações policiais com alta letalidade têm sido corriqueiras no Rio de Janeiro desde que Claudio Castro (PSC) assumiu o cargo de governador após o afastamento de Wilson Witzel. De agosto de 2020 para cá, há uma média de uma ação com pelo menos três mortos civis a cada cinco dias na região metropolitana do estado. O caso na favela do Jacarezinho, claro, foi emblemático.

Foram 28 mortos na operação considerada a mais letal da história da comunidade. Um levantamento feito pelo UOL, com base em dados do Instituto Fogo Cruzado, indica que 45 operações com esse mínimo de três mortes foram registradas em 110 dias. Ao total, foram 210 vidas perdidas no que o instituto chama de “chacinas policiais”.

Como agravante, a reportagem pontua que todo o governo de Claudio Castro ocorreu sob efeito de uma liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que restringiu as operações durante a pandemia a circunstâncias excepcionais. O plenário do STF, inclusive, referendou a decisão. Ainda assim, o governador conseguiu manter a média de seu antecessor, Witzel.

Também conhecido pela expressão “tiro na cabecinha”, o ex-juiz e agora ex-governador teve, em seu governo, uma “chacina policial” a cada cinco dias, em média. Números absolutos contabilizam 110 ocorrências em 605 dias de mandato, com um total de 410 mortos.