O ex-secretário especial da Cultura, Roberto Alvim, se pronunciou nesta sexta-feira (17) para rebater as críticas recebidas após realizar um pronunciamento com estética e discurso nazista e classificou sua fala como “coincidência retórica”.

“O que a esquerda está fazendo é uma falácia de associação remota. Com uma coincidência retórica em uma frase sobre nacionalismo em arte, estão tentando desacreditar todo o Prêmio Nacional das Artes que vai redefinir a Cultura brasileira. É típico dessa corja”, escreveu em suas redes sociais.

A fala do titular da Cultura do governo Bolsonaro, no entanto, foi repudiada não apenas pela esquerda, mas por pessoas alinhadas a diversos espectros políticos, inclusive pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM). Em sua réplica, Alvim destaca que não citou ninguém no seu pronunciamento e que “o trecho fala de uma arte heroica e profundamente vinculada às aspirações do povo brasileiro”.

“Não há nada de errado com a frase. Todo o discurso foi baseado num ideal nacionalista para a Arte brasileira, e houve uma coincidência com uma frase de um discurso de Goebbles”, retrucou o secretário, destacando que não citou o ministro da Propaganda da Alemanha nazista e que “jamais o faria”.

“Foi, como eu disse, uma coincidência retórica. Mas a frase em si é perfeita: heroísmo e aspirações do povo é o que queremos ver na Arte nacional”, finalizou, admitindo alinhamento com o discurso que disse não ter citado.