EC Bahia

O atacante Lucca se tornou a grande sensação do Bahia durante a semana. Após estrear contra o Cruzeiro, no último sábado, ele ganhou oportunidades para treinar como titular e pode começar a partida contra a Chapecoense no próximo domingo, às 11h (de Brasília), na Arena Condá, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. Nesta quinta-feira, o técnico Roger Machado elogiou o jogador, mas não garantiu a titularidade. O treinador apontou que é preciso ter cuidado, uma vez que Lucca enfrentou um período de dois meses de inatividade entre a saída do Al-Rayyan e a chegada ao Tricolor baiano.

– O Lucca estreou até mesmo antes de ser anunciado, em função da burocracia. Porém, vejo que estreou muito bem. Quero poder utilizá-lo novamente, ou seja, desde o início ou entrando durante o jogo. Porque eu frisei que a nossa preocupação também é em função desse retorno dele. Ele tem trabalhado conosco por duas semanas, vindo de férias. Mas como é um jogador fisiologicamente privilegiado, sentiu muito pouco esse retorno. Mas a gente tem conversado sobre isso, assim como com o Guerra, como aconteceu com o Guerra, de ter a tranquilidade, que, no momento certo, para que não tenha problema no futuro, ele possa ser utilizado na plenitude.

Caso Lucca ganhe a vaga de titular, ele deve atuar no lugar de Élber, que se recupera de um problema muscular. Assim, o jogador faria parte do sistema ofensivo ao lado de Artur e Gilberto. Porém, Roger Machado ainda não definiu qual é o melhor posicionamento para o atacante. Ele pode atuar pelos lados do campo, o que não provocaria uma mudança no esquema tático tricolor, ou poderia jogar mais centralizado, como um segundo atacante.

– Agora também é importante conversar com o Lucca, do desejo dele, onde ele se sente mais confortável para jogar, se é pela beirada, como ele jogou, ou se é por dentro, como um meia-atacante, como um atacante, ao lado do Fernandão ou do Gilberto. Isso também é bastante importante. Isso acarreta um pouco na possibilidade de poder utilizá-lo mais ou menos, ou no começo do jogo ou no decorrer dele. Porque a posição de lado é mais desgastante do que a do jogo anterior. Isso pode também impactar na utilização dele imediatamente ou não. O melhor de tudo é que rapidamente ele se sentiu à vontade dentro do coletivo. Pareceu sofrer pouco com a questão do entrosamento com seus companheiros. Isso foi positivo para a gente – ponderou Roger Machado.

Além da indefinição sobre a posição em que Lucca pode jogar, o técnico aguarda pela liberação de Nino, que se recupera de uma lesão no tornozelo. O lateral realizou um treino de transição na última quarta-feira.

– Eu vi ele descer para o campo. Certamente para dar continuidade ao planejamento da sua recuperação. A presença do Nino no jogo contra o Grêmio não tenha dúvida que foi um esforço sobrenatural do atleta e do nosso departamento médico e de fisioterapia para colocá-lo em campo naquela decisão. Isso, em muitos momentos, fez com que retardasse um pouco ele estar 100% e foi necessário que ele parasse novamente para zerar o problema. Agora quero ver se ele vai estar no campo hoje, como vai se sentir, se a gente vai colocá-lo na delegação para a viagem. E, se não for o caso, o Ezequiel está aí para suprir a ausência dele com tranquilidade.

O Bahia encara uma Chapecoense que passa por mudanças na comissão técnica. O clube de Chapecó demitiu Ney Franco e deve ser comandado no domingo pelo ex-jogador Emerson Cris, que já defendeu o Tricolor baiano. Para Roger Machado, a mudança de treinador no adversário traz ônus e bônus para a partida na Arena Condá.

Isso pode ser bom ou ruim. Porque, infelizmente, a rotatividade no futebol faz com que os maus resultados enfraqueçam a permanência do treinador. Porém, é um trabalho que os atletas já haviam assimilado. A saída de um treinador pode tumultuar esse ambiente. Mas, de certa forma, os atletas vão querer também dar uma resposta logo, imediatamente à saída do treinador. Acho que a gente, como time, tem o dever de nos preocupar com as nossas questões. Agora, na ausência do treinador e, neste momento, o auxiliar da casa sendo responsável pelo time, gera um pouco de dúvida de como a equipe vai vir, de quais atletas estarão em campo. Mas nós nos preocupamos com o nosso trabalho. Sabemos que a dificuldade ser grande. Não tenho dúvida disso. Nós temos que encarar como um jogo decisivo. Globoesporte