O ciclo de Roger Machado no Bahia chegou ao fim após um ano e cinco meses de trabalho. Contratado em abril de 2019, ele foi demitido na noite da última quarta-feira, após a derrota por 5 a 3 para o Flamengo, no estádio de Pituaçu, pela 7ª rodada do Campeonato Brasileiro. O tempo à frente do time tricolor fez o técnico entrar para a história recente do clube como o treinador com a maior sequência em 13 anos.
Antes de Roger Machado, apenas Arturzinho, em 2007, havia passado um ano no comando da equipe profissional do Bahia. Naquela temporada, o Tricolor disputava a Série C do Campeonato Brasileiro. Arturzinho foi anunciado no fim de 2006, após o fracasso na tentativa de retorno à Segunda Divisão.
Sob o comando de Arturzinho, o Bahia conquistou o acesso para a Série B de 2008. O treinador esteve à frente da equipe em 66 partidas daquela temporada, com 37 vitórias, 20 empates e nove derrotas, um aproveitamento de 66%. No fim de 2007, ele deixou o Tricolor, que contratou Paulo Comelli.
Roger superou Arturzinho em cinco meses, já que passou quase um ano e meio no comando do Bahia. Porém, é preciso ressaltar que o time ficou sem atuar entre março e julho, por conta da pandemia de coronavírus. Contratado em abril de 2019, Roger comandou o Bahia em 74 partidas, com 30 vitórias, 22 empates e 22 derrotas. O aproveitamento foi de 50%.
Na era Bellintani, o Bahia contou com outros dois técnicos além de Roger Machado. Guto Ferreira permaneceu no cargo por seis meses. Enderson Moreira durou um pouco mais que seu antecessor e trabalhou no clube por nove meses.
Na última segunda-feira, em postagens publicadas em rede social, Bellintani chegou a justificar a permanência de Roger Machado. Porém, dois dias depois, o treinador perdeu o emprego. Nesta quinta-feira, em entrevista à Rádio Metrópole, o presidente tricolor avaliou a troca de técnicos durante a gestão e ponderou as substituições constantes no futebol brasileiro.
– A gente troca as pessoas, elas ficam quatro, cinco, seis meses. Seis meses é a média de duração de um treinador em um clube no Brasil. De certa forma, se for olhar sob o ponto de vista técnico, aquela troca não tem tanto fundamento. É mais um elemento de motivação, de reoxigenação do que propriamente uma motivação técnica. Se é isso, é possível tentar reoxigenar com o próprio treinador – afirmou Bellintani.
Desde 2007 o Bahia foi comandado por Paulo Comelli, Arturzinho, Roberto Cavalo, Ferdinando Teixeira, Alexandre Gallo, Paulo Comelli, Sérgio Guedes, Paulo Bonamigo, Renato Gaúcho, Márcio Araújo, Rogério Lourenço, Vágner Benazzi, René Simões, Joel Santana, Paulo Roberto Falcão, Caio Junior, Jorginho Cantiflas, Cristóvão Borges, Marquinhos Santos, Gilson Kleina, Charles Fabian, Sérgio Soares, Doriva, Guto Ferreira, Jorginho, Preto Casagrande, Paulo Cesar Carpegiani, Enderson Moreira. Globoesporte