EC Bahia

O treino da última quarta-feira deu uma ideia do que o técnico Roger Machado pensa para o próximo jogo do Bahia, contra o CSA, marcado para este sábado. Na atividade aberta para a imprensa, o treinador montou uma equipe com Alejandro Guerra no lugar de Ronaldo, desfazendo o sistema com três volantes que atuou junto no último jogo contra o Atlético-MG. A novidade, porém, não foi garantida pelo treinador do Bahia.

– Trabalhamos a semana toda com Guerra controlando sua carga. O atleta vai nos sinalizando. Quero usar ele desde o início, mas não sei se será nessa partida. Vamos ver. Amanhã temos mais um treino. Hoje e amanhã – afirmou. Sem entrar em detalhes, Roger continua analisando o que a equipe tricolor ganha com a entrada de Guerra entre os titulares.

– Se eu te disser, vou dizer ao meu adversário. O Guerra é um bom jogador, que tem muita dinâmica no meio de campo. Pode se encaixar de diferentes formas, pode ser por dentro, aberto. Jogador que já jogou contra o Cruzeiro, porque perdemos um e não queria ir para trás. Coloquei ele como segundo homem de meio, função para ser quase um médio volante, defender, mas descolar da linha e atacar, manter a posse e chegar ao ataque. Jogador que agrega muito entrando ou saindo do início. A ideia é sempre poder contar com ele da melhor forma possível. Ele chegou bem. Teve uma lesão e está voltando agora.

Durante a coletiva, Roger Machado também comentou as características de dois jogadores que disputam vaga no time titular do Bahia: Flávio e Ronaldo. O primeiro foi titular nos últimos seis jogos do Bahia, quando aproveitou a lesão de Elton, enquanto Ronaldo começou jogando as duas últimas partidas.

– Flávio vinha numa sequência anterior ao Ronaldo. É uma questão que é contextualizar e a gestão do grupo também. Flávio começou a atuar quando Elton lesionou, foi bem. Ronaldo entrou nos dois últimos jogos, entrou contra Cruzeiro… Flávio tem capacidade de atacar espaços muito bem, controla o meio-campo, tem bom poder de marcar. Ronaldo tem um jogo mais apoiado e a capacidade de roubada de bola. São complementos. Os dois complementam com Gregore, que protege bem a defesa e o sistema defensivo – analisou.

Com a vitória sobre o Atlético-MG, na última rodada, o Bahia subiu para a 8ª posição no Campeonato Brasileiro, com 24 pontos conquistados – três a menos que o próprio Galo, clube que abre o G-6. O Bahia não perde há seis jogos no Brasileirão e tem como próximo adversários até o fim do turno, além do CSA, Vasco (fora de casa) e Fortaleza (casa). O técnico tricolor pode se dar ao luxo de sonhar por uma das vagas entre as equipes que vão disputar a Libertadores em 2020.

– Sempre digo que temos o direito de sonhar. Não só sonhar, como a realidade neste momento nos dá indicativo de que temos capacidade de estar nesse bloco que vai disputar essas vagas para a maior competição continental que temos. Porém, a gente tem que ter pés no chão. Porque a expectativa pode gerar frustração. A gente não deseja isso. Nosso momento é bom, queremos manter. Se a gente voltar aos dois, três anos anteriores, a gente tem acompanhamento, nessa mesma rodada do Brasileiro, em 2018 ou 2017, nós estamos aproximadamente com 20% de pontos a mais. Isso nos indica que evoluímos, mas gradativo. O que a gente não deseja é, em algum momento, ter uma boa classificação, melhor que no ano passado, e em função da expectativa, no consenso, digam que não foi um bom campeonato, porque não classificou, pela expectativa da Libertadores. Mas nós sonhamos. Trabalhamos duro e forte diariamente, com convicção de que é possível. Torcedor acredita, e isso é importante para a gente. O Bahia enfrenta o CSA às 17h (horário de Brasília) deste sábado, na Arena Fonte Nova. Globoesporte