EC Bahia

O técnico Roger Machado ficou satisfeito com a doação dos jogadores do Bahia dentro de campo no duelo com o Palmeiras, neste último domingo (11), no Allianz Parque. O comandante viu equilíbrio no empate em 2 a 2 entre o Esquadrão de Aço e o Verdão, pela 14ª rodada do Brasileirão.

“Hoje o Juninho não estava e um equívoco ali na saída, depois um gol de bola parada de lateral que a gente errou no posicionamento. O que eu citei para os atletas é que a gente tinha que valorizar muito aquele ponto. A gente tinha que saber que times dessa qualidade a gente tem minimizar a quantidade de erros, ou melhor, como diz o Paulo Paixão [preparador físico], não cometer erros grosseiros que nos tiram a possibilidade de continuar vivo na partida e tentar até mesmo a vitória. Mas fiquei muito feliz com empate, com a doação dos meus atletas, que se doaram do começo ao fim da partida e com partes do jogo. Mas é impossível imaginar que você vai jogar no Allianz contra o Palmeiras, time que briga pelas primeiras colocações da tabela, terá facilidade. Então, foi um grande jogo hoje, um jogo aberto, mas acima de tudo muito brigado e disputado”, afirmou em entrevista à Rádio Metrópole FM.

Os dois gols do Bahia foram marcados por Gilberto em cobranças de pênaltis assinaladas pelo árbitro Igor Benevenuto com o auxílio do árbitro de vídeo. Apesar de ver o VAR como algo positivo para o futebol, Roger criticou o tempo gasto pela arbitragem para tomar uma decisão.

“As questões do VAR, essa tecnologia é importante para a gente. Só que assim, essa tecnologia é operada por seres humanos, que precisam estar bem treinados para isso. A única questão toda que eu saliento é o tempo que é envolvido. A bola na mão, eu vi do meu banco. Então, o VAR só teria que dizer que pegou na mão. Lance de interpretação se aquela mão, o árbitro do campo vai interpretar como pênalti não é do VAR. Ele tem que vir e visualizar. Quantas câmeras tu precisa para visualizar se foi uma penalidade ou não um lance que a 40 metros todo mundo viu? Isso vai agilizar. Na Premier League agora a gente viu um lance ser discutido em 30 segundos. É isso que a gente precisa entender, se não o jogo fica chato. O torcedor vai começar a se afastar do estádio e essa tecnologia, que veio para ficar, vai acabar saindo por puro cuidado que envolve a questão mais simples de acesso a essa tecnologia”, disse.

Roger ainda contou como acalmou os ânimos dos jogadores no vestiário durante o intervalo da partida. Ao final do primeiro tempo, o volante Felipe Melo foi expulso por acertar o braço no rosto do atacante Lucca numa disputa de bola pelo alto. O jogador do Bahia discutiu com o palmeirense e também com outros atletas da equipe adversária.

“No intervalo, eu falei para os atletas que o que vai nos dá vantagem de se manter vivo na partida é continuar com 11. Por mais que tenha sido lance forte, o jogador na hora fica nervoso, a gente tem que tentar se acalmar, porque qualquer coisa ali no retorno, as vezes uma chegada um pouco mais forte do Lucca podia ser interpretado pelo árbitro como uma segunda falta passível de cartão amarelo e expulsão. Na verdade foi acalmar, estabelecer a nova estratégia e voltar para a partida de cabeça tranquila pensando no jogo”, falou.

Com o empate, o Bahia ocupa, neste momento, a 10ª posição com 20 pontos na tabela de classificação do Brasileiro. O Tricolor volta ao gramado no domingo (18), às 16h, para encarar o Goiás, pela 15ª rodada da competição. Bahia Notícias