Depois de o prefeito de Brumado, Eduardo Lima Vasconcelos (sem partido), dar a entender – sem apresentar provas – que o governador da Bahia, Rui Costa (PT), estaria supostamente associado ao narcotráfico (assista ao vídeo abaixo), o caldo entornou. O petista resolveu se manifestar indo direto à Justiça após o ataque.

Vasconcelos deu a declaração polêmica em uma live nas redes sociais (assista abaixo). “O governador da Bahia, recentemente, fez um pronunciamento defendendo o jovem que trafica, dizendo que quem fazia delivery, entregando drogas, que poderia ganhar ou comprar uma moto e fazer a entrega no sistema delivery e que ele estava gerando emprego”, disse o gestor do interior da Bahia. A gravação viralizou nas redes sociais.

Durante sua passagem pelo município de Matina, no sudoeste baiano, nesta quinta-feira (7), Rui rebateu. “Eu evito fazer debates com pessoas desqualificadas ou que descem a esse nível. Meu nível educacional e moral, que minha mãe me ensinou, não é o mesmo dele. A resposta que eu dou é através da ação judicial e criminal. Eu já entrei com as ações, mais de uma ação, inclusive”, comentou o governador, segundo o jornal A Tarde.

Os ataques do prefeito de Brumado começaram por causa da licitação para privatização do sistema sanitário da cidade. “A irritação dele é porque eu não concordei e não concordaria em fazer direcionamento de licitação de obras. Então, ele está querendo privatizar o serviço de água e esgoto e levou ao gabinete do governador uma empresa interessada em participar da licitação dele e me pediu que eu concordasse com esse processo de licitação. E que concordasse com a privatização”, explicou o governador.

Rui disse ainda que esperava a participação de um assessor na reunião e teria se surpreendido ao perceber que, na verdade, o acompanhante do prefeito de Brumado era o representante de uma empresa que pretendia participar da licitação.

“Eu estou achando que é o assessor, mas quando a pessoa começou a falar era o representante da empresa que iria participar da licitação que ele estava fazendo ou que ele queria fazer (…) Eu disse: ‘olha, meu amigo, me desculpe, mas eu acho que você está no lugar errado, na hora errada, porque o prefeito me disse que iria trazer um assessor dele. Não me disse que iria trazer o representante de uma empresa que ainda vai concorrer à licitação’. Desde então, ele vem fazendo ataques de baixo nível”, disse.

Ainda sobre o assunto, o governador disse que Vasconcelos queria a obra do modo dele e não necessariamente como seria melhor para o município. “Eu disponibilizei do Governo do Estado, da Embasa, R$ 150 milhões pra fazer 100% do esgotamento em no máximo cinco anos, para levar água pra diversas localidades, para aumentar a cota da barragem. E a resposta dele foi que não, que ele não gostava da Embasa e que ele queria privatizar”, alegou o petista.