Apesar de análises de especialistas sobre a possibilidade de um eventual golpe do presidente Jair Bolsonaro com apoio das Polícias Militares, o governador da Bahia, Rui Costa, não acredita, “em nenhuma hipótese”, que as instituições “se metam numa aventura dessa”. A avaliação do gestor é de que “o Brasil não é e não vai virar Afeganistão”.
“Se lá atrás ele [o presidente Jair Bolsonaro] tentou explodir quartel do Exército e foi afastado, hoje ele não vai explodir o Brasil. O povo brasileiro não vai permitir. Basta esse sofrimento de quatro anos”, disse Rui Costa à imprensa nesta terça-feira (24).
Um levantamento realizado pela reportagem do Estadão revelou que PMs impulsionam os atos públicos marcados para o dia 7 de setembro com pautas bolsonaristas, a exemplo de críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e também a outras autoridades.
O petista argumentou que não existem instituições puras, já que todas são feitas por seres humanos. Ele reconheceu que todas têm problemas e que isso ocorre em qualquer lugar do mundo, “mas as instituições são maiores que as pessoas”.
O que defende o governador baiano é que tanto as Forças Armadas quanto as Polícias Militares, “não podem estar a serviço político de nenhum partido e nenhuma ideologia”. “As instituições tem que estar a serviço do estado brasileiro, estado baiano, da população”. Além disso, todos os cidadãos e todas as instituições estão submetidos a Constituição, destacou o governador.
“Eu não acredito em nenhuma hipótese que ninguém vai se meter numa aventura dessa. Basta o caos que o Brasil está vivendo com mais de 14 milhões de desempregados, inflação batendo 9%, com a pobreza e a extrema pobreza aumentando. Qualquer aventura dessa seria um caos completo”, analisou Rui. (BN)
