O governador da Bahia, Rui Costa (PT), defendeu, no Papo Correria desta última terça-feira (14), a adoção do comprovante de vacinação da Covid-19 para acesso nos espaços públicos. O gestor petista assinou um decreto estadual determinando a exigência da comprovação vacinal, o que gerou protestos da oposição bolsonarista no estado.

Rui citou os exemplos da Itália e da Alemanha, que, segundo ele, já preveem a demissão de servidores públicos e militares que não tomaram a vacina contra o novo coronavírus. Ele ressalta que nenhuma lei obriga as pessoas a se vacinarem, mas sim estabelecem consequências para quem escolher não se imunizar.

“Se eu trabalho em um hospital e quero entrar para trabalhar, eu tenho que estar protegido. Porque se você tem sua filha internada no hospital, essa pessoa não pode correr risco porque alguém, por opção ideológica, partidária e política, decidiu não se vacinar. É um direito dela não se vacinar, mas também é um direito de quem está internado não correr risco”, explicou Rui.

O gestor baiano ainda citou um ditado popular para exemplificar as diferenças entre direitos coletivos e individuais. Para o governador, o direito de cada um deve ficar abaixo do direito de todos.

“Nós temos que respeitar o direito individual, mas também respeitar o direito coletivo. O seu direito termina quando começa o direito do vizinho. Já ouviu essa frase? Eu tenho o direito de ouvir, na minha casa, o som na altura que eu quiser, desde que eu não incomode a criança recém-nascida no apartamento ao lado que precisa dormir”, afirmou Rui.

“É isso que é viver em sociedade: é cada um exercer seu direito, mas respeitar o direito do próximo. O direito de quem não quer se vacinar é um direito, mas o direito de quem não quer correr risco porque alguém decidiu não se vacinar também é. Por isso, nos lugares públicos, de serviços públicos estaduais, só terá ingresso quem estiver vacinado”, finalizou o governador. (BN)