Foto Roberto Viana

O governador do estado, Rui Costa (PT), rebateu, em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (13), a fala do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, sobre a Polícia Militar da Bahia ter que se responsabilizar pela morte do miliciano em Esplanada. Já o senador Flávio Bolsonaro (PSL-SP) disse que os policiais estariam tentando “sumir com as evidências”.

“Eu não entendo de miliciano, não entendo nada do mundo do crime. Deixa quem entende ficar falando”, disse. A declaração de Moro foi dada durante audiência na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (12), após ser questionado pelo deputado federal Paulo Pimenta (PT-SP).

“A pessoa foi assassinada. Assassinada não. Foi morta em confronto com a polícia. E veja, nem é a polícia do… Nem estou criticando a polícia lá. Não sei as circunstâncias. Isso vai ser apurado. Mas é a polícia de um estado administrado pelo Partido dos Trabalhadores”, completou.

Por meio de um tweet, Flávio disse que obteve informações sobre a polícia baiana tentar acelerar a cremação do corpo de Adriano da Nóbrega, para sumir com as evidências.

Miliciano

Conhecido como “Capitão Adriano”, o ex-policial militar homenageado por Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) em 2005, quando estava preso, acusado de homicídio, entrou para a PM em 1996. Em 2000, concluiu o curso e ingressou no Bope. 

Há indícios de que comandou por anos o “Escritório do Crime”, milícia formada por matadores de aluguel na Zona Oeste do Rio. Membros do grupo são investigados por possível participação na morte da vereadora Marielle Franco, do PSOL. A operação que resultou na morte de Adriano era feita pela polícia baiana em parceria com a do Rio de Janeiro. BNews