A falta de um discurso afinado entre o presidente eleito Jair Bolsonaro e alguns nomes do seu governo, como o futuro ministro da Economia Paulo Guedes, tem feito dirigentes de partidos alinhados e ministros recém-nomeados a aconselharem que ele busque um porta-voz para a equipe de transição. Segundo aliados, os desencontros criam impressão de que o discurso do novo governo é desconexo e improvisado.

 

De acordo com um cacique do DEM, o governo não conseguirá viabilizar seus projetos no Congresso se ficar limitado à estratégia de comunicação atual, centrada nas redes sociais, sem buscar diálogo mais consistente com os líderes partidários. Declarações dos filhos do capitão é um dos exemplos que estão incomodando a equipe do futuro governo.

 

Ainda conforme a publicação da coluna 'Painel', da 'Folha de S. Paulo', o empresário Paulo Marinho, amigo do presidente eleito Jair Bolsonaro e eleito suplente de seu filho Flavio Bolsonaro no Senado Federal, convidou o jornalista Fábio Santos, secretário de comunicação da Prefeitura de São Paulo, para chefiar a área no futuro governo a partir de janeiro de 2019. Segundo auxiliares do presidente eleito, ele não aceitou o convite.