Agência Brasil

O primeiro calendário de saques do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que começa em 13 de setembro, vale apenas para trabalhadores que já tinham conta poupança na Caixa até 24 de julho, data de publicação da medida provisória que permite o resgate do dinheiro de contas ativas e inativas.

Isso significa que quem abriu conta poupança no banco depois dessa data não terá a possibilidade de receber automaticamente os R$ 500 por conta do FGTS, conforme as regras da MP 889, que regula a liberação dos recursos.

Em torno de 33 milhões dos trabalhadores têm conta poupança na Caixa, segundo o banco. Serão 11 milhões de beneficiados em cada faixa segmentada por meses de nascimento —são três largadas, começando em 13 de setembro.

Segundo a Caixa, a separação entre trabalhadores com e sem conta poupança não teve como objetivo favorecer seus clientes, mas sim atender à expectativa de demanda nesta liberação de FGTS, três vezes maior do que a do ex-presidente Michel Temer, restrita às contas inativas.

Em 2017, cerca de 25,9 milhões de trabalhadores retiraram R$ 44 bilhões de suas contas vinculadas do FGTS. Agora, a expectativa do governo é de que 96 milhões de trabalhadores sejam beneficiados, embora o montante seja menor –em torno de R$ 40 bilhões até o fim de 2020.

Para atender a esse fluxo maior de beneficiados, a Caixa prevê abrir agências duas horas mais cedo no dia de largada de cada uma das faixas do cronograma e nos cinco dias úteis seguintes. Abrirá ainda aos sábados.

Os trabalhadores com conta poupança no banco receberão automaticamente o valor a que tiverem direito, até R$ 500 por conta. Aquele que não desejar sacar os recursos precisará pedir ao banco o cancelamento do crédito automático.

Será possível pedir isso pelo aplicativo, pelo site ou pelo internet banking. O pedido de cancelamento deve ser feito até abril de 2020. Nesse caso, o banco vai estornar os recursos, que serão corrigidos como se não tivessem sido sacados, afirmou a Caixa.