Marcos Corrêa/PR

Enquanto Reino Unido e Rússia anunciaram o começo da vacinação contra a Covid-19 na próxima semana, o presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer que não poderá ser responsabilizado caso ocorra algum efeito colateral ou “problema”, antes mesmo da aprovação de qualquer imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Cada empresa tem a sua vacina. Vamos supor que numa das cláusulas da vacina que eu vou comprar a gente vai ter que ver o que eles oferecem. Vamos supor que lá no meio está escrito o seguinte: nos desobrigamos de qualquer ressarcimento, de qualquer responsabilidade com possíveis efeitos colaterais imediatos ou futuros. E daí, vocês vão tomar essa vacina? Porque, em chegando, havendo essa conclusão… porque começaram alguns países a vacinar… Eu vou mostrar todo o contrato para vocês. Quem tomar vai saber o que está tomando e daí as consequências”, afirmou o presidente, em conversa com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada, na noite desta última quarta-feira (2). “Se tiver um efeito colateral ou um problema qualquer já sabem que não vão cobrar de mim. Porque eu vou ser bem claro, ‘a vacina é essa'”, acrescentou Bolsonaro, segundo O Globo. Diagnosticado com o novo coronavírus em julho, o chefe do Palácio do Planalto disse já estar “vacinado” por ter contraído a doença. Recentemente, ele já havia afirmado que não tomará nenhuma vacina contra a Covid-19.