Foto : Paula Fróes/GOVBA

O governador Rui Costa reafirmou ontem (28), que os números da covid-19 continuam baixos e caindo lentamente na Bahia, mas disse que a situação ainda é monitorada. “Novas medidas serão proporcionais à situação de cada cidade e cada região”, destacou. O estado segue sem previsão de volta às aulas. “O número de óbitos ainda está alto, apesar da queda nos internamentos”, diz.

Rui diz que é cedo ainda para tratar do calendário do ano que vem, incluindo o Carnaval. “É prematuro fazer qualquer discussão sem ter um calendário de vacinação, de um antiviral ou mesmo grau de confiança maior de como estará a doença”, afirmou. “É preciso acompanhar”. Ele lembrou que alguns lugares no Brasil e no mundo enfrentam uma segunda onda da pandemia.

“Antecipar 6 meses, 4 meses, de uma decisão dessa é muito prematuro e com chance de errar grande”, considerou. O governador pediu que a população continue se protegendo, com uso de máscaras e lavando as mãos, além de manter distanciamento. “Não dá para baixar a guarda. É momento de reforçar, de intensifcar as medidas de proteção”.

Vacina
O governador afirmou que se reuniu com representantes da Pfizer, que preveem para novembro o resultado dos testes com a vacina. No encontro, a fabricante queria conversar com representantes dos estados do Nordeste sobre qual cota de vacina desejam comprar.

“Como nós já havíamos suposto, a produção de vacina não terá essa velocidade para vacinar toda humanidade de uma vez. Estão prevendo que no máximo conseguirão produzir para o ano de 2021 1,2 bilhão de doses. A população mundial é de 7 bi. Ou seja, vacinaríamos 20% da população. Se tivermos uma segunda vacina podemos talvez projetar 40% vacinados”, considerou. “Não vai ser na velocidade que esperávemos”, disse.

Para tentar agilizar o processo, o melhor será ter várias vacinas, afirmou Rui. “Espero que tenhamos paralelamente 3, 4 vacinas sendo certificadas, sendo autorizadas, e com isso teríamos a chance ainda em 2021 vacinar toda população”, diz.

Ele falou também sobre negociação com ucranianos para a fábrica de insulina que será instalada em Dias D’Ávila. “Até dezembro vamos ter toda documentação assinada. No máximo até junho terá o projeto executivo pronto”, disse, lembrando que o medicamento será negociado para todo Brasil. Correio da Bahia