Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Na avaliação da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o desastre ambiental provocado pelas queimadas no Pantanal seria menor, se houvesse mais atividade pecuária no bioma. Em setembro, chegou a crescer em 180% o número de queimadas na região em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, esse foi o mês com o maior número de ocorrências da história, com 8.106 registros.

“Aconteceu um desastre porque nós tínhamos muita matéria orgânica seca, e, talvez, se nós tivéssemos um pouco mais de gado no Pantanal, teria sido um desastre até menor do que o que nós tivemos neste ano. Mas isso tem de servir como reflexão sobre o que é que nós temos de fazer”, disse a ministra durante uma audiência na comissão especial do Senado. O evento acompanha as ações de enfrentamento às queimadas no Pantanal.

De acordo com a publicação, a ministra usa a polêmica tese do “boi bombeiro”, também já defendida pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. A ideia contida na expressão é a de que o boi criado solto comeria o capim e, com isso, ajudaria a diminuir a quantidade de material que ajuda a propagar o fogo. É o argumento utilizado por alguns setores ligados à pecuária para criticar a diminuição do rebanho no bioma do Pantanal nos últimos anos.