EC Vitória

Os caminhos de Vitória e Brasil de Pelotas se cruzaram em pouquíssimas vezes durante a história. Os dois times centenários se enfrentaram em apenas três oportunidades e o Leão tem vantagem. Venceu as duas primeiras partidas, na Série C de 2006. A primeira derrota do rubro-negro veio no primeiro turno da atual Série B, quando o rival ganhou por 1×0, no Rio Grande do Sul.

Na reta final do campeonato, as duas equipes têm o mesmo objetivo e vivem situação similar. A busca é por escapar do rebaixamento o quanto antes. Nesse quesito, o Xavante está melhor: com 42 pontos, precisa vencer mais um jogo para alcançar o número mágico e ficar tranquilo, já planejando a vida para o próximo ano.

Com 37 pontos, o Vitória ainda sente o cheiro da ameaça, mas o odor está mais ameno do que foi outrora. O time de Geninho tem quatro pontos de gordura em relação ao Figueirense, primeiro time dentro do Z4, e ainda joga dentro de sua casa, o Barradão, na partida programada para rolar nesta terça (5), às 20h30.

Vencer o jogo pode valer ouro ao Leão. O time chegaria aos 40 pontos e basicamente precisaria apenas de mais cinco pontos em cinco rodadas para escapar da Série C na próxima temporada. Técnico do time, Geninho tem noção dessa matemática, mas espera um Brasil de Pelotas reativo na noite de hoje.

Em entrevista, ele apontou que o time gaúcho não tem nenhuma urgência como seus últimos adversários, Londrina e Figueirense, tinham. Um estava na porta da zona de rebaixamento, enquanto o outro está dentro do Z4. Ou seja, precisavam se expor um pouco mais para vencer o jogo.

“O Brasil vai sossegado, vem tranquilo. É um time bem treinado, tem conseguido bons resultados dentro e fora de casa. Time que vem assim é complicado. Ele vem levando o jogo, tentando matar o tempo. Se ele sair daqui com 43 pontos, sai plenamente satisfeito”, pontuou o comandante do Vitória.

Para contornar o perrengue iminente, Geninho espera contar com cabeça boa e apoio do torcedor nas arquibancadas. No último jogo, no empate em 2×2 contra o Figueirense, o time saiu de campo vaiado e enfrentou críticas da torcida durante boa parte da partida.

O treinador declara que as críticas são um direito de toda torcedora e torcedor, mas pondera que alguns jogadores não têm a estrutura para lidar com esse problema e que, em muitos casos, as vaias só pioram a situação dentro de campo durante os 90 minutos de bola rolando.

“A presença do torcedor no estádio é sempre bem-vinda. Independentemente do espírito que ele venha. É quase que fundamental para ajudar o time, principalmente em momento de dificuldade”, disse o comandante. Correio da Bahia