O secretário estadual de Saúde da Bahia Fábio Vilas-Boas disse, nesta última sexta-feira (3), que os novos respiradores artificiais comprados pelo Consórcio do Nordeste na China vão chegar ao estado pela Argentina. A primeira compra do material foi cancelada pela empresa chinesa que produz o equipamento.

“Lamentavelmente, esses equipamentos, em função de um decreto de proteção editado pelo presidente Trump, ele impede as empresas americanas de exportarem equipamentos para outros países, ainda que os equipamentos tenham apenas passado pelos Estados Unidos, hoje eles têm feito um sequestro de equipamentos”, disse Fábio Vilas-Boas.

Segundo o secretário de saúde, o único lugar que vende os respiradores artificiais é a Ásia e o material precisa ser enviado via Oriente Médio ou Argentina para não ser impedido de chegar ao Brasil

“Então, lamentavelmente, hoje para você conseguir trazer equipamentos da Ásia, que é o único lugar que vende, a Europa não está vendendo mais nada, Estados Unidos não vendem nada, você tem que buscar a rota via Oriente Médio ou rotas transpolares pelo sul, via Argentina, para não ter que passar pelos Estados Unidos”, contou. De acordo com Fábio Vilas-Boas, os novos respiradores devem chegar na Bahia no dia 20 de abril.

“Nós estamos agora em um processo novo de aquisição de equipamentos com prazo de chegada para o dia 20 de abril, de 600 novos respiradores. Também da China, e vão chegar através de uma rota que vai passar pela Argentina, e deverá chegar aqui na Bahia em meados do mês de abril”, disse o secretário.

Ainda nesta sexta, o secretário disse que frequentemente tem acontecido do pedido ser postergado para semanas ou meses. Ou simplesmente é cancelado. E quando o pedido é refeito, os preços são muito superiores. Vilas-Boas ainda disse que tem relatos de estados que compraram, pagaram antecipado e o fornecedor pagou a multa, desistiu da venda e passou o produto adiante.

“Estamos em uma selva. Tenho a esperança forte de não ser sabotado nesse processo de respiradores. O governo procurou se blindar para que a próxima carga venha parar nas mãos da Bahia”. G1