(Max Haack/Secom/PMS)

Os números indicam que Salvador está perto de deixar a pior fase da pandemia para trás. Na manhã desta sexta-feira (26), em entrevista ao Jornal da Manhã, o secretário de Saúde da capital baiana, Léo Prates, apontou que o município registra uma taxa de transmissão de 2%. Porém, a ocupação dos leitos de UTI segue com índices elevados, o que gera preocupação sobre o risco de uma saturação nas unidades médicas.

“Estamos com uma taxa de transmissão de cerca de 2%. É uma boa taxa de transmissão. A gente vem, com as medidas restritivas, conseguindo conter a taxa de transmissão, que já foi de 11%. Estamos conseguindo avançar bem”, disse o secretário.

“A gente está intensificando esse trabalho das medidas de proteção a vida com uma série de ações, agindo nas áreas onde há maior avanço da doença. Considero isso uma medida muito importante para a contenção da curva de contágio na cidade de Salvador. Porém, ainda temos uma taxa de ocupação de leitos de UTI alta, cerca de 80%, e número de óbitos muito alto”, completou.

Segundo o último boletim da Secretaria de Saúde do estado (Sesab), Salvador registra 26.814 casos confirmados de coronavírus, com 1.029 mortes em decorrência da doença. Durante várias semanas, a capital baiana concentrou a maior parte dos casos da Covid-19 na Bahia. Porém, conforme os dados divulgados na última quinta-feira (25), o interior do estado passou a ter a maioria das notificações.

Com os quase 27 mil registros, Salvador possui 49,88% do total de casos de coronavírus da Bahia. As cidades do interior, juntas, registram os demais 50,12% dos infectados. Com a queda no índice de transmissão, a prefeitura da capital baiana já se planeja para colocar em prática a flexibilização das atividades comerciais.

Na próxima terça-feira (30), dia em que vence o prazo do decreto que determina a suspensão de atividades que não são consideradas essenciais, o prefeito ACM Neto fará uma apresentação com o estabelecimento de fases e critérios para a retomada das atividades comerciais.

“A gente está avançando nos protocolos de retomada. Quem mais deseja a retomada econômica é o prefeito, a Secretaria Municipal de Saúde. Queria deixar claro que não existe dicotomia entre economia e saúde. Não existe economia sem pessoas saudáveis, com pessoas morrendo”, disse.

“O que estamos fazendo é preservando as pessoas para, assim que tivermos condições, retomarmos a economia da forma mais rápido possível. Estamos estudando protocolos, discutindo com cada segmento, a Secretaria de Saúde tem participado com o centro de inteligência. Tenho certeza que faremos o melhor pela cidade e para a sua economia”, disse o secretário.

As atividades comerciais que não são consideradas essenciais estão impedidas de funcionar em Salvador desde março. No último mês, ACM Neto abriu algumas exceções. Primeiro, liberou concessionárias, lavanderias, lojas de decoração, ferragens e materiais elétricos, além de clínicas estéticas e de odontologia. Na semana passada, as óticas também ganharam aval da gestão municipal. G1