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O secretário de Saúde de Salvador, Léo Prates, informou nesta segunda-feira (6) que a entrega dos 100 mil testes rápidos para coronavírus, que estavam previstos para chegar no último fim de semana, atrasou. Com isso, as ‘blitze’ nas ruas, que tinham sido anunciadas pela prefeitura, devem começar mais tarde.

“A previsão era ter chegado no fim de semana. Mas há um problema com essas medidas restritivas pelo mundo, não só no Brasil. Há dificuldade nos fornecedores de logística. A previsão é chegar entre amanhã e quarta-feira. Chegando, a ideia é começar as operações na quarta-feira, com apoio da Transalvador”, disse Léo Prates em entrevista ao Jornal da Manhã, da TV Bahia.

De início, os testes rápidos serão utilizados em trabalhadores de saúde da rede pública que atuam na área de urgência e emergência, além de idosos acolhidos em abrigos de Salvador. Depois, os exames serão realizados nas blitze espalhadas pela cidade. Nas barreiras, as pessoas terão a temperatura aferida. Aqueles que apresentarem quadro febril serão submetidos ao teste.

Preocupação com sistema de saúde

No momento, o combate ao coronavírus concentra a maior parte das ações da Secretaria Municipal de Saúde. Porém, outras doenças também estão no radar do órgão. De acordo com Léo Prates, existe a preocupação com o crescimento de casos de dengue, zica e chikungunya em Salvador, já que pode haver maior demanda por leitos de tratamento intensivo e, assim, ampliar o risco de um colapso do sistema de saúde da capital baiana.

“Neste momento, estamos fazendo as medidas restritivas para que se evite que muitas pessoas fiquem doentes ao mesmo tempo, e o sistema de saúde não possa dar a resposta que o cidadão precisa. Então, na verdade, as medidas restritivas são para evitar o colapso do sistema de saúde e sua sobrecarga. Se tivermos o surto de coronavírus, que estamos tendo, e um surto de chikungunya, dengue e zica, o sistema de saúde não vai suportar. É necessário que o cidadão fique em casa. Estamos no período de alta de dengue, zica e chikungunya. Todos nós sabemos como combater o Aedes Aegypti. Precisamos da colaboração das pessoas”, afirmou o secretário municipal. G1