O secretário de Segurança Pública (SSP) da Bahia, Ricardo Mandarino, disse, em entrevista para a TV Bahia, que “mandar matar é coisa de miliciano, de marginal, de bandido”. O gestor não apontou culpados pelas mortes de Yan Barros e Bruno Barros, após eles furtarem carnes em um supermercado de Salvador e disse que o órgão segue investigando o caso.

A declaração de Ricardo Mandarino foi feita após ser questionado acerca das investigações sobre o caso do tio e sobrinho, que foram encontrados mortos, em um porta-malas de um carro, com sinais de tortura. Ricardo Mandarino disse que as investigações da morte de Yan Barros e Bruno Barros são importantes, porque existe a suspeita de que pessoas tenham mandado matar os homens.

“Mandar matar é coisa de miliciano, de marginal, de bandido. Você não pode se mancomunar com a bandidagem para resolver esses problemas. É muito grave. Daí a importância dessas investigações do caso do Atakarejo”, disse o secretário. Segundo o secretário de Segurança Pública da Bahia, esse caso é o mais importante que a SSP-BA investiga desde que ele tomou posse, em dezembro do ano passado.

“Esse caso para mim, é o caso mais importante que eu já peguei, por causa das consequências dele. O que ele representa? Ele representa tudo de ruim que nós temos na sociedade brasileira hoje”. “Essa política de ódio, essa política das elites que não gostam de preto e de pobre. Tudo que não presta está representado nesse caso”, complementou.

Apesar de falar que o Grupo Atakadão Atakarejo é investigado e ainda não pode ser apontado como responsável pela morte de Yan Barros e Bruno Barros, Ricardo Mandarino disse que “parte do empresariado” tem pouco apreço pela vida humana.

“A morte desses rapazes representa o quê? Que parte do empresariado, seja empresa de segurança, seja o próprio supermercado, eu não estou dizendo eles são responsáveis ainda, mas eles estão sendo investigados, eles têm pouco apresso pela vida humana, e eles querem resolver o problema deles da forma que julgam mais eficiente”, afirmou.

“Isso não vai ficar assim. A Secretaria de Segurança Pública vai investir todos os seus conhecimentos, todas as suas capacitações técnicas para desvendar esse crime todo, para que isso não se repita. Aqui na Bahia o pessoal tem que entender que não existe espaço para poder paralelo”, afirmou. Os corpos de Yan e Bruno foram encontrados na mala de um carro, na localidade da Polêmica, na capital baiana, na noite do dia 26 de abril. G1