Agência Brasil

Se o Brasil tivesse seguido seu curso normal, com a ex-presidente Dilma Rousseff concluindo seu segundo mandato e entregando o cargo a um sucessor legitimamente eleito, os brasileiros seriam hoje 27% mais do que ricos. O Brasil teria um Produto Interno Bruto R$ 1,8 trilhão maior do que o atual.  É o que se depreende de um artigo publicado nesta quarta-feira no Valor Econômico.

“Se nos sete anos terminados em 2020 a economia brasileira tivesse continuado a crescer no ritmo médio anterior a 2014, o país teria um Produto Interno Bruto (PIB) R$ 1,8 trilhão maior agora, ou 27% acima do nível atual. Os cálculos são da MB Associados, que comparou a expansão real do PIB acumulada de 2014 a 2020 – considerando a projeção da consultoria para este ano – com a trajetória que teria sido observada se o país tivesse crescido, no período, na mesma velocidade média anual registrada de 1997 a 2013, de 3,2%”, aponta o trabalho.

A consultoria é liderada por José Roberto Mendonça de Barros, um economista historicamente ligado ao PSDB. Em 2014, quando foi reeleita, Dilma fez com que o Brasil alcançasse o chamado pleno emprego, ou seja, a menor taxa de desemprego da história, de apenas 4,3%. No entanto, naquele ano, PSDB e MDB, aliados a outras forças do Congresso, se uniram para golpeá-la, com apoio da mídia comercial, liderada pela Globo, para promover uma guinada neoliberal no País – a chamada “ponte para o futuro”, que retirou direitos dos trabalhadores.

Como pano de fundo, havia ainda a Lava Jato, que paralisou investimentos públicos e quebrou as maiores empresas de engenharia do Brasil, que eram mundialmente reconhecidas por sua capacidade. Como resultado, o Brasil mergulhou na maior depressão econômica de sua história, da qual ainda não se libertou, e passou a ser governado pela extrema-direita. Golpe e Lava Jato destruíram não apenas a democracia, como também a economia. 247