EC Bahia

Na maratona de jogos em que os clubes têm vivido no Campeonato Brasileiro, o Bahia tem nesta quarta-feira (7) um novo desafio. A partir das 19h15, recebe o Vasco, no estádio de Pituaçu, pela 14ª rodada da Série A.

À medida que o torneio avança, é como se cada partida ganhasse mais importância para o tricolor. O momento do time é delicado: com apenas 12 pontos, está na 16ª colocação, na boca da zona de rebaixamento. Muito disso se deve ao fato de viver um jejum como mandante na competição.

O Bahia não vence em casa há cinco jogos e acumula quatro derrotas seguidas em Pituaçu – a última delas contra o Sport, por 2×1, no domingo passado. Por isso, os jogadores sabem que triunfar é praticamente uma questão de sobrevivência, ainda mais considerando que o lanterna Goiás, com nove pontos, disputou três partidas a menos.

“Há um incômodo muito grande por não vencer na nossa casa, nos campeonatos anteriores era uma força muito grande que a gente tinha. Tudo uma hora acaba, espero que esse tempo sem triunfos em casa possa acabar contra o Vasco. Nos incomoda bastante, mas estamos tranquilos para fazer um grande jogo e conseguir o triunfo”, afirmou Élber.

Na visão do atacante, a Fonte Nova está fazendo falta para o tricolor. O clube tem mandado os jogos em Pituaçu desde a retomada do futebol durante a pandemia, já que a Arena abriga um hospital de campanha para atender as vítimas da covid-19.

“O nosso time é muito técnico, rápido, e como o gramado da Fonte Nova é mais ralo do que o de Pituaçu, está fazendo falta. Mas não é desculpa e vamos tentar melhorar gradativamente para conseguir os três pontos e depois um número grande de triunfos para colocar o Bahia lá em cima”, continuou Élber.

Nos últimos anos, encarar o Vasco em Salvador tem sido bom negócio para o Bahia, que não perde para o time carioca desde 2012. No período, as duas equipes se encontraram seis vezes. Foram quatro triunfos do Bahia e dois empates entre Série A, Série B e Copa do Brasil.

Problemas defensivos

Além de fazer o time voltar a ter força em casa, Mano Menezes tem tido trabalho para solucionar um outro problema: o defensivo. Com 22 gols sofridos em 13 jogos, o Bahia tem a pior defesa do torneio. E pela frente, a equipe vai encarar Germán Cano.

Principal atacante do Vasco, o argentino não marca há cinco jogos, mas é um dos artilheiros do Campeonato Brasileiro, com sete gols. Por isso, não vai ser surpresa se o treinador promover mudanças no sistema defensivo. Recém-contratado, Anderson Martins vive a expectativa de ser relacionado pela primeira vez e pode até pintar na equipe titular no lugar de Lucas Fonseca ou Ernando.

Já no setor ofensivo, Rodriguinho se recupera de um trauma no pé e está praticamente descartado. Clayson pode ganhar a vaga de Marco Antônio, e Rossi volta a ficar à disposição após cumprir suspensão, mas deve ser opção entre os reservas.

“Acho que o grupo precisa dessa revigorada. Estamos trabalhando para isso. E, logo, logo, encontraremos uma equipe base e que vai atender às necessidades da equipe e também aos anseios do torcedor”, explicou Mano Menezes ao falar sobre as mudanças que tem promovendo na escalação.

Do outro lado, o Vasco também atravessa momento ruim na temporada. Depois do bom início quando chegou a brigar pelas primeiras colocações da Série A, o time do técnico Ramon Menezes está em declínio.

Entre Copa do Brasil e Brasileirão, o cruzmaltino não vence há cinco partidas. Na última rodada ainda foi goleada por 4×1, pelo líder Atlético-MG. Assim, nova derrota pode deixar Ramon ainda mais pressionado. Correio da Bahia