Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou nesta quarta-feira (6) um projeto de lei que proíbe o uso da tese de legítima defesa da honra para absolvição de acusados de feminicídio na Justiça.

Todos os 24 membros votaram a favor da proposta, que tramitava em caráter terminativo e, por isso, não precisa passar por votação no plenário. Agora, o projeto segue para a Câmara dos Deputados, a não ser que senadores apresentem um requerimento pedindo para que aconteça a votação no plenário.

O projeto é de autoria da senadora Zenaide Maia (PROS-RN) e altera o Código Penal e o Código de Processo Penal, de maneira a retirar argumentos de valores morais para casos de crimes do tipo.

Outro trecho do projeto também altera regras que atenuam as penas para pessoas que cometem crimes de violência doméstica. Atualmente, o Código Penal prevê reduçao de pena em crime cometido por motivo de relevante “valor social ou moral”. O novo projeto acrescenta que esses motivos não podem ser alegados em casos de violência familiar e doméstica.

Também não poderá ser usado como argumento que a pessoa agiu “sob domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima”. A redação atual permite redução de um sexto a um terço da pena com esse tipo de motivação.

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