Por entender que a reforma da Previdência é urgente, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), informou que deve formar uma comissão especial para acompanhar a tramitação da proposta junto à Câmara dos Deputados, ainda antes de o projeto chegar para a análise dos senadores. Segundo a Agência Senado, Davi destacou que a ideia da comissão especial partiu do senador Tasso Jereissati (PSDB).
Alcolumbre acredita que os senadores vão priorizar o tema neste início de legislatura. Ele afirmou que a reforma da Previdência é uma bandeira do Brasil, e ressaltou que os estados estão sofrendo, e a reforma poderia ajudar a equilibrar suas finanças.
“A gente tem que votar, tem que discutir essa proposta. O Brasil não resiste mais a dois anos [sem a reforma]. Senão, os estados vão quebrar, os municípios já estão quebrados. Está todo mundo navegando dentro desse navio que é o Brasil. Precisamos resgatar esse navio”, declarou.
Para o senador baiano Ângelo Coronel (PSD), o debate em torno da proposta é importante, para não fazer “uma reforma por fazer”. Ao BNews, ele afirmou que tem seguimentos da sociedade que não pode ser tratado com igualdade.
“O homem do campo não pode ser tratado na sua idade mínima igual a um cidadão que trabalha de baixo do ar condicionado, uma pessoa que trabalha de pedreiro, de carpinteiro, não pode ser tratada como uma pessoa no ar condicionado. Um policial que está na rua combatendo o bandido, protegendo a sociedade não pode ter o mesmo tratamento. Então, eu acho que a gente vai ter que apresentar emendas para fazer uma separação para aquelas categorias da sociedade que ficam mais expostas à intempérie da vida”, afirmou Coronel.
PEC
Por se tratar de proposta de emenda à Constituição (PEC), a reforma da Previdência precisa do apoio mínimo de três quintos dos parlamentares: 308 dos 513 deputados e 49 dos 81 senadores. Se a proposta for aprovada em dois turnos na Câmara, segue para o Senado, onde também será submetida a dois turnos de votação. Bocão News Foto: Pedro França/Agência Senado