Agência Brasil

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do pedido de criação da CPI da Covid-19, comparou à Ditadura as tentativas de parlamentares de impedirem a participação e a definição de Renan Calheiros (MDB-AL) como relator da Comissão. A sessão de instalação da CPI acontece na manhã desta terça-feira (27) e é presidida pelo senador da Bahia Otto Alencar (PDS).

O senador Jorginho Mello (PL-SC) apresentou uma questão de ordem em uma tentativa de impedir que Renan Calheiros seja nomeado relator. O argumento de Jorginho é que Renan é pai de Renan Filho (MDB), governador de Alagoas. “Chega a ser ridículo, insensato, tentar impedir um colega parlamentar do exercício do mandato, é disso que se trata, nem a Ditadura tanto ousou”, comparou Randolfe.

A questão de ordem foi classificada pelo senador do Amapá como “descabida”. Na visão do senador, tentar impedir um parlamentar de participar de uma CPI e de ser relator é o mesmo que impedir um senador eleito de exercer o mandato.

O autor do pedido de criação da CPI ainda afirmou que a Comissão “não persegue pessoas, mas fatos”. “Se o governo não teve nenhuma omissão ou ação que levou ao agravamento da pandemia e a esse atoleiro sanitário que temos hoje, com mais mortes de janeiro até agora do que no ano passado, se não teve responsabilidade não tem porque medidas protelatórias”, defendeu. (Bahia Notícias)