Agência Senado

Senadores entraram com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (27) para impedir o senador Renan Calheiros (MDB-AL) de integrar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. O relator no STF será o ministro Ricardo Lewandowski. A CPI da Covid foi instalada nesta terça-feira (27).

A Comissão é responsável por apurar ações e omissões do governo federal e eventuais desvios de verbas federais enviadas aos estados para o enfrentamento da pandemia. Calheiros foi indicado relator pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM). O pedido foi feito pelos senadores Jorginho Mello (PL-SC), Marcos Rogério (DEM-RO) e Eduardo Girão (Podemos-CE).

Os senadores argumentam que Calheiros não pode participar da CPI porque é pai do governador de Alagoas, Renan Filho (MDB-AL), e governadores podem vir a ser investigados pela comissão. Nesta sexta-feira (23) Calheiros publicou em uma rede social que não pretende relatar ou votar qualquer tema envolvendo o estado de Alagoas.

“Desde já me declaro parcial para tratar qualquer tema na CPI que envolva Alagoas. Não relatarei ou votarei. Não há sequer indícios quanto ao estado, mas a minha suspeição antecipada é decisão de foro íntimo”, disse Renan.

O pedido também alega conflito de interesses para o suplente de Calheiros, Jader Barbalho (MDB), que também tem um filho governador, Helder Barbalho (MDB-PA). Os senadores argumentam ainda que a questão de ordem foi levantada na comissão, mas que o presidente eleito Omar Aziz (PSD-AM) indeferiu o pedido de Jorginho Mello. G1