Marcelo Camargo/Agência Brasil

Às vésperas da audiência no Senado, parlamentares receberam um dossiê com casos antigos de Sergio Moro (Justiça). Em um dos relatos, de 2005, um criminoso, Tony Garcia, avisou a Moro que seu gabinete havia sido grampeado por ele e outro comparsa. Tornou-se delator.

O então juiz teria autorizado medidas contra quem o gravou e só depois se afastou do processo. A conduta foi questionada na Justiça sob a alegação de que, sendo a vítima, Moro não poderia ter instruído a ação.

O nome do advogado que foi acusado e condenado no caso que envolveu o grampo ilegal do gabinete de Moro é Roberto Bertholdo. Seu recurso ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) foi relatado pela ministra Laurita Vaz, que negou todos os pedidos dele, em votos confirmados pela maioria dos pares.

“Ao que consta”, escreveu a ministra, “Tony Garcia e o Ministério Público Federal firmaram acordo de delação premiada (…), sendo o réu, por força desse acordo, posto em liberdade com o objetivo de colher provas”. Garcia gravou os ex-colegas. Da coluna de Daniela Lima na Folha