As vendas nos shoppings durante o Natal em 2018 superaram as do ano anterior. Segundo dados da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), divulgados na quarta-feira (26), o movimento no período teve um crescimento de 5,5%, em relação às vendas de 2017. O levantamento da associação foi feito com aproximadamente 400 empresas de varejo, que reúnem 30 mil pontos de vendas no país.

 

Os produtos mais procurados nesta época vieram do segmento de moda masculina e feminina (55%), seguida por calçados (32%) e perfumes e cosméticos (31%). “Foi acima do que esperávamos, porque vínhamos em um movimento muito fraco […] diria que o Natal ajudou a salvar o ano”, disse o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun? segundo o Folhapress.

 

Em todo o ano, as lojas em shoppings faturaram R$ 156, 3 bilhões, um aumento nominal de 6% sobre o ano de 2017. O crescimento real, descontando a inflação, foi de 2,2%. Para o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun, a paralisação dos caminhoneiros, a Copa do Mundo e o período pré-eleitoral travaram um melhor desempenho do setor. O país teve abertura de 13 novos empreendimentos em 2018, contra 19 fechamentos, segundo a associação.

 

A expectativa é que nos próximos dois anos sejam abertos 28 shoppings, com 7.960 empregos em 962 lojas. Sahyoun disse que o clima de otimismo dos empresários aumentou após a eleição e com a definição dos ministros do novo governo. “Acreditamos que a economia deve entrar num processo de retomada forte de crescimento, ainda mais depois de o [futuro] ministro da economia nos colocar que vai desonerar a folha de pagamento e vai começar a privilegiar os empresários.”

 

De acordo com relatório do IFI (Instituição Fiscal Independente), a economia brasileira se recupera, mas ainda de forma insuficiente para recolocar o país nos níveis de 2014, quando a crise econômica iniciou. A volta ao patamar deve ocorrer em 2020. O faturamento das compras de Natal feita via ecommerce (comércio eletrônico) atingiu R$ 9,9 bilhões e teve um crescimento de 13,5% neste ano, na comparação com 2017, segundo dados da Ebit/Nielsen.

 

O número de pedidos neste segmento teve uma alta de 5,2% e alcançou 20,1 milhões. Já o tíquete médio saiu de R$ 457, no ano passado, para R$ 493 em 2018. No saldo anual, o comércio eletrônico deve fechar com uma alta de 12% no faturamento, chegando a R$ 53,5 bilhões.