O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (5) que a proposta de capitalização da Previdência “não é essencial” no momento.

Bolsonaro deu a declaração durante uma entrevista coletiva enquanto caminhava para um evento no Palácio do Planalto (leia detalhes sobre a entrevista mais abaixo).

Mais cedo, nesta sexta-feira, o presidente participou de um café da manhã com alguns jornalistas. Durante o encontro, disse que a proposta de capitalização pode ficar para um “segundo momento”.

“A capitalização, presidente, é melhor deixar para lá para facilitar a reforma?”, indagou uma repórter a Bolsonaro na tarde desta sexta.

“Não queremos complicar o andamento da reforma que está aí, é isso que estou falando. Não quero desidratar nada, tá? Mas não é essencial isso no momento. A ideia era botar na PEC e depois regulamentar lá na frente, que seria via parlamento”, respondeu o presidente.

A proposta de capitalização é um dos itens da reforma da Previdência Social enviada pelo governo em fevereiro ao Congresso Nacional.

A capitalização é uma espécie de poupança que o próprio trabalhador faz para assegurar a aposentadoria no futuro.

Outros pontos

Saiba outros pontos abordados pelo presidente durante a entrevista coletiva desta sexta-feira:

‘Não nasci para ser presidente’: “Desculpem as caneladas, não nasci para ser presidente, nasci para ser militar, mas no momento estou nessa condição de presidente e, junto com vocês, nós podemos mudar o destino do Brasil. Sozinho não vou chegar a lugar nenhum”.

Paulo Guedes na CCJ: “Sei que funciona dessa maneira a oposição. Aquilo não é oposição, aquilo é um pelotão de fuzilamento. Esse pessoal não quer o bem do Brasil, quer o pior. Eles têm tudo para apresentar uma proposta alternativa, se a nossa não for boa”.

Situação do ministro da Educação: “Eu estou com a aliança na mão direita. Na segunda-feira [8], passa para a esquerda ou para a gaveta, só isso. Tem reclamações, etc., mas a gente está conversando já para ver se resolve o problema. Eu estou noivo ainda, como vou começar com uma namorada, cara? Dá um tempo ainda.”

Situação do ministro do Turismo: “O que acertei com todos os ministros desde o começo, conversei também com o ministro Moro: em havendo um final de um inquérito, uma prova robusta, uma conclusão final do inquérito, vamos tomar uma decisão. Por enquanto, não é o caso”.

Base aliada no Congresso: “Não existe esse partido mais ou menos fiel do que o outro. O que eu tenho ouvido dos partidos é que cada matéria a ser votada haverá um entendimento. não haverá um alinhamento automático com o governo federal”.

Acordo do Mercosul com a União Europeia: “A questão do Mercosul com a Europa, a França que está dando contra, porque ela quer proteger as suas commodities. Se chegar num meio termo, a gente assina o Mercosul com a Europa, sem problema nenhum”. G1 Foto: Marcos Corrêa/PR