O sistema defensivo do Bahia é a prioridade na lista de resoluções de Rogério Ceni. O treinador encontrou uma equipe frágil sem a bola e não conseguiu mudar esse cenário nas primeiras partidas à frente do clube. O Esquadrão sofreu gols nos últimos cinco jogos, três deles já sob a batuta do novo regente.
Últimos cinco jogos do Bahia:
- Botafogo 3 x 0 Bahia
- Bahia 1 x 1 Vasco
- Coritiba 2 x 4 Bahia
- Bahia 1 x 2 Santos
- Flamengo 1 x 0 Bahia
Apesar da derrota para o Flamengo no último sábado, Rogério Ceni elogiou a defesa do Bahia no Maracanã. O treinador citou o fato de jogar com um a menos durante todo o segundo tempo e disse acreditar em outro roteiro se não houvesse a expulsão de Kanu.
– Dentro do jogo nós fomos muito bem, o Flamengo teve um jogador a mais e não criou quase nada. Se não tem a expulsão, acho que não fariam gol hoje. (…) Acredito que executamos o que trabalhamos, compactamos mais o time para sofrer menos gols. Trabalhamos defensivamente as bolas paradas – disse Rogério Ceni na entrevista coletiva após o jogo.
Sem exercícios imaginativos, o Bahia termina a 25ª rodada do Brasileiro com a quinta pior defesa da competição nacional. Só Coritiba, América-MG, Santos e Vasco foram vazados mais vezes que o Tricolor até agora.
Piores defesas do Brasileirão:
- Coritiba: 53 gols sofridos
- América-MG: 51 gols sofridos
- Santos: 41 gols sofridos
- Vasco: 38 gols sofridos
- Bahia: 34 gols sofridos
Escalações
Nas três partidas à frente do Bahia, Rogério Ceni usou praticamente a mesma linha defensiva, com Gilberto, Kanu, Vitor Hugo e Cándido. Apenas contra o Coritiba, quando Vitor Hugo estava suspenso, o treinador escalou Raul Gustavo entre os titulares.
- Além da linha de quatro defensores, Rezende é o meio-campista mais recuado e combatido no time de Rogério Ceni. O volante também é importante para as bolas paradas defensivas.
A má fase de dois desses jogadores ajuda a explicar as cinco partidas seguidas em que Marcos Felipe precisou ir buscar a bola no fundo das próprias redes. Erros recentes de Gilberto e Vitor Hugo custaram pontos importantes para o Bahia.
O lateral, por exemplo, cometeu pênaltis infantis contra Vasco e Flamengo. O zagueiro também abusou de errar. Dá para citar o vacilo na marcação de Marcos Leonardo contra o Santos e a bobeada que custou a expulsão de Kanu diante do Rubro-Negro, no Maracanã.
A manutenção de Gilberto mesmo em meio ao momento ruim passa também pela concorrência no setor. Antes do camisa dois desembarcar em Salvador, a titularidade na lateral direita era do improvisado Jacaré, uma vez que Cicinho e André quase sempre entregaram atuações pouco elogiáveis.
Na zaga, mesmo com o entendimento de que a preferência é por um jogador canhoto do lado esquerdo, a continuidade de Vitor Hugo é menos compreendida pelos torcedores. O defensor tem como alternativas o também canhoto Raul Gustavo, e o destro Gabriel Xavier, revelado pelo clube e que desperta mais empolgação na turma tricolor.
Pelo menos um dos dois, inclusive, vai ser titular na próxima partida do Bahia, uma vez que Kanu está suspenso.
Em meio a ajustes coletivos e individuais, a boa notícia para Rogério Ceni é que ele tem mais uma semana livre pela frente até o próximo compromisso do Bahia. Tempo para corrigir erros e decidir qual será a dupla de zaga titular diante da má fase de Vitor Hugo e da ausência de Kanu.
O Bahia volta para campo apenas no próximo sábado, quando visita o Goiás para um confronto direto entre clubes que tentam escapar do rebaixamento. A partida, no Estádio da Serrinha, tem início marcado para as 16h (de Brasília) e abre a 26ª rodada do Brasileirão. G1