Foto: Vaner Casaes / ALBA

Têm rendido críticas ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) as três possíveis teses explanadas ao bahia.ba de que, conforme a cúpula de Segurança Pública e sua gestão avaliam, podem ter resultado na morte da líder quilombola Bernadete Pacífico na última quinta (17), dentro do próprio terreiro, em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador (RMS). Na quinta-feira (24), Jerônimo, no entanto, se diz ainda “consternado” com a morte trágica de sua “amiga”, e ressalta que a “palavra de ordem” na sua gestão é “celeridade” na busca pela solução do caso e punição dos culpados.

“Ainda estou consternado sobre a situação da morte de Mãe Bernadete, e o que eu falei foi que todas as pessoas que conheciam ela sabem, sabiam da preocupação que ela tinha com as pessoas do terreiro, mas também com toda a comunidade. Fiz um aceno de que quem a conheceu sabia das preocupações dela. Então, estou fazendo meu papel de governador, pedindo celeridade nas apurações, e eu preciso estar com o coração bem tranquilo, animado e feliz para poder continuar cuidando do povo da Bahia. Minha palavra de ordem é que a Polícia Civil encontre quem é o mandante com celeridade.”

Dentre as prováveis causas para os 20 tiros que atingiram mãe Bernadete estão: terreno do quilombo, intolerância religiosa e a disputa das facções criminosas para ocupar o espaço. A defesa de Bernadete Pacífico, assassinada na última quinta-feira (17), classificou como “canalha” a afirmação do governador, de que a morte dela, por exemplo, pode ter relação com a disputa de facções criminosas.

A declaração, que foi dada ao Globo, após repercussão da entrevista ao bahia.ba, é de que o que o gestor busca uma “solução prática e fácil. Aliado a isso, nesta última quinta-feira (24), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber afirmou que chegou a se reunir com o governador Jerônimo Rodrigues (PT) para relatar a situação de “desamparo” das comunidades quilombolas do estado, após ter tido contato com mãe Bernadete e a mesma ter suplicado por socorro.